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Observatório: 1 a 0 para o esporte bretão
Ademir Medici
18/01/2024 | 07:01
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No Jardim Inamar do alto de Diadema, o futebol venceu a ciência e a cidade pouco ligou. Tudo para o Água Santa, nada para o ponto referencial onde se visualizava o firmamento sempre poluído de um Grande ABC que não vibra com essas coisas. Ou que, pelo menos, não aparenta se preocupar.

O primeiro observatório da região ficava no Centro de São Caetano, obra da extinta loja de utilidades domésticas Del’Rey, que chegou a ter outras duas unidades, em Santo André e São Bernardo. Aquele observatório foi orgulho dos são-caetanenses. Foi capa colorida de revista. Não prosperou, no entanto – dizem que por ser de iniciativa particular.

Já o Observatório Astronômico de Diadema nasceu com todo o entusiasmo de jovens que, em 1989, criaram a Saad (Sociedade de Astronomia e Astrofísica).

No caso de Diadema, uma história que conjugou particulares e o poder público representado pela Prefeitura. 

Uma grande vitória foi a doação, sacramentada em 1992, da cúpula de origem alemã que João Octavio Nebias adquiriu junto aos monges beneditinos em 1954 – mais ou menos no período que os Irmãos Del’Rey criavam o observatório em São Caetano.

Nestes anos todos, o Observatório Astronômico do Jardim Inamar foi acompanhado pelo Diário, nos bons e maus momentos, destacando-se a notícia do abandono da obra e do grito (des)esperançoso dos seus idealistas.

A esperança de recuperação esvai-se, ao mesmo tempo em que o Água Santa é desclassificado da Copinha. Mas lá está a Arena Inamar, toda formosa. Quanto ao observatório, que tristeza!




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