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A praga da corrupção
A praga da corrupção
17/01/2024 | 08:39
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 Existem inúmeras pragas a infestar o Brasil em geral – e o Grande ABC em particular. Nenhuma delas, todavia, causa efeitos tão profundos e devastadores quanto a corrupção. Não se está a tratar aqui nestes comentários de nenhum caso específico, mas os leitores certamente não encontrarão dificuldade em identificar inúmeros episódios onde o malversação do dinheiro público é clara e inconteste. Há exemplos de sobra na região, muito embora, a despeito da exacerbada quantidade, parecem não despertar a atenção de quem exerce o papel de fiscalizador da sociedade, como os vereadores. Quando os mecanismos depuradores falham, a própria sociedade deve promover a tarefa. Por meio do voto.

É preciso combater as pragas. Todas, sem exceção. A corrupção exerce impacto profundamente nocivo nos municípios, deixando cicatrizes na vida da população. Em primeiro lugar, a alocação desonesta de recursos públicos mina os serviços essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. Verbas que deveriam ser destinadas a projetos que beneficiam diretamente a comunidade são desviadas para o bolso de políticos arrivistas, resultando em escolas precárias, hospitais sem condições adequadas e estradas esburacadas. Essa deturpação na gestão de recursos públicos cria um círculo vicioso de subdesenvolvimento, onde a qualidade de vida dos cidadãos é constantemente comprometida.

O desvirtuamento da função pública mina a confiança da população no sistema político. Quando os líderes eleitos traem a confiança do povo em prol de ganhos pessoais, a credibilidade das instituições é abalada. Isso leva à desilusão cívica e à apatia e os cidadãos podem se sentir desencorajados a participar ativamente na vida pública, perpetuando um ciclo de governança deficiente. Os efeitos deletérios da corrupção reverberam em todas as esferas da sociedade, corroendo os alicerces organizacionais e prejudicando a qualidade de vida dos habitantes. É preciso combater todas as pragas, o que inclui mosquitos e pombos, importantes vetores de doenças, mas não se deve ignorar a maior de todas elas.




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