Política Titulo Ação judicial
Orosco processa Atila e o acusa de calote em compra de carro

Suplente de deputado federal alega que o ex-prefeito de Mauá não fez transferência após adquirir veículo e não pagou IPVA e multas

Artur Rodrigues
16/01/2024 | 07:00
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DGABC


O suplente de deputado federal Júnior Orosco (União Brasil) moveu processo contra o ex-prefeito de Mauá e atual deputado estadual Atila Jacomussi (Solidariedade) por causa de uma suposta venda de carro entre os dois e uma dívida de R$ 66,3 mil por parte do ex-chefe do Executivo mauaense. 

De acordo com a ação que tramita na 17ª Vara Cível de São Paulo, à qual o Diário teve acesso, Orosco vendeu a Atila, através de sua empresa, a Orosco Holding Empreendimentos Imobiliários Ltda, um veículo Kia Sorento, modelo 2012, em 20 de novembro de 2016. “Oportunidade em que lhe foi entregue o bem e também o recibo de compra e venda devidamente assinado. Todavia, para surpresa da empresa autora, até o momento o réu não transferiu o veículo para seu nome, nem sequer efetuou os pagamentos dos impostos, multas e tudo mais que deriva da propriedade do veículo”, diz a ação movida pelo suplente. 

Orosco alega que Atila não realizou uma série de pagamentos, que envolvem multas, IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e licenciamento. As multas somam R$ 41 mil de débitos e 47 infrações. As dívidas de taxas de licenciamento são de 2018 a 2023, e somam R$ 963,25, enquanto os débitos de IPVA, referentes ao mesmo período, somam R$ 23,3 mil. 

Além da quitação das dívidas, Orosco pede à Justiça uma indenização de R$ 10 mil por danos morais. Procurado pelo Diário, ele não se pronunciou sobre o caso até o fechamento desta edição. Atila também não se manifestou. 

EX-ALIADOS

Se hoje batalham na Justiça, Júnior Orosco e Atila Jacomussi já foram grandes aliados. O hoje deputado estadual teria o atual ‘inimigo’ como candidato a vice-prefeito na eleição de 2016, mas a candidatura foi rejeitada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) após Orosco ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Em 2014, ele efetuou doação acima do limite para a campanha de sua ex-esposa Vanessa Damo (à época no MDB), que concorria ao cargo de deputada estadual. Para a promotoria, ele infringiu a lei eleitoral. Diante do impasse, ele renunciou à chapa e a vaga foi ocupada por Alaíde Damo (à época no MDB), sua ex-sogra. No fim de 2016, o TRE derrubou o indeferimento. 

Impedido de compor a chapa, Orosco foi nomeado secretário de Obras em Mauá por Atila no início de 2017, posto que ocupou por menos de um mês por conta de acusações de violência física e psicológica envolvendo sua ex-esposa, que deu queixa contra ele na DDM (Delegacia da Mulher de Mauá). À época, eles estavam em processo de divórcio. 

Após a exoneração, houve vaivém na relação entre Atila e Orosco. O segundo chegou a articular, em 2018, sua candidatura a deputado federal e apostava numa dobrada com Admir Jacomussi (à época no PRP, hoje no Patriota), pai de Atila e que viria postulante à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). 

Com idas e vindas, a parceria terminou em definitivo em 2019 após as prisões de Atila – nas operações Prato Feito e Trato Feito. 




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