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Na Alemanha, agricultores bloqueiam estradas contra plano para acabar com isenção ao diesel
08/01/2024 | 11:31
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Agricultores bloquearam com tratores vias de acesso a estradas e rodovias em regiões da Alemanha nesta segunda-feira, 8, iniciando uma semana de protestos contra o plano do governo de revogar as isenções fiscais sobre o diesel utilizado na agricultura. A impopular coalizão do Chanceler Olaf Scholz desagradou os produtores rurais no mês passado ao elaborar planos para acabar com a isenção de imposto para veículos agrícolas e os benefícios fiscais sobre o diesel.

As propostas faziam parte de um pacote para cobrir um déficit de 17 bilhões de euros (18,6 bilhões de dólares) no orçamento de 2024.

O governo recuou parcialmente na quinta-feira, 4, anunciando que a isenção de imposto de carro seria mantida e os cortes nos benefícios fiscais sobre o diesel seriam escalonados ao longo de três anos. No entanto, a Associação de Agricultores Alemães disse que vai insistir na reversão completa do pacote e prosseguir com uma "semana de ação" a partir desta segunda-feira.

Entre as manifestações, centenas de tratores se reuniram em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim. Além disso, a produção em uma fábrica da Volkswagen em Emden, no noroeste, foi interrompida porque os funcionários não conseguiram chegar no local, informou a agência de notícias DPA.

Na quinta, um grupo de agricultores impediu que o vice-chanceler Robert Habeck desembarcasse de uma balsa quando retornava de uma viagem pessoal. O incidente recebeu condenação de figuras do governo e da oposição, assim como da associação de agricultores.

As autoridades alertaram que grupos de extrema-direita podem tentar capitalizar os protestos.

O presidente da associação de agricultores, Joachim Rukwied, disse à RBB Inforadio que iria garantir que não haveria infiltrados nos protestos.

Sobre o recuo parcial do governo, Rukwied disse: "Isso é absolutamente insuficiente. Não podemos suportar essa carga tributária adicional."

O porta-voz do chanceler Olaf Scholz, Steffen Hebestreit, defendeu as ações do governo. "Não há nenhuma consideração dentro do governo de mudar mais alguma coisa sobre isso", disse. Fonte: Associated Press.




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