Turismo Titulo
Jalapão tem o puro sabor da aventura
Angelo Verotti
Enviado pelo Diário ao Jalapão (TO)
18/07/2001 | 18:06
Compartilhar notícia


Cachoeiras, lagoas, rios, praias, dunas e uma rica fauna – tudo em uma mesma região. Não se trata de miragem ecológica ou de sonho de militante do Greenpeace, mas do Jalapão, região desértica no Tocantins formada por oito municípios e que ocupa uma área de 34.113 km² – maior do que a de Alagoas. Uma das localidades do Estado com menor densidade demográfica, com 0,8 habitante por km², o Jalapão é o mais novo e promissor pólo de ecoturismo brasileiro. O nome da região deriva da erva jalapa-do-brasil, com grande valor medicinal, principalmente no tratamento de males do intestino.

O Jalapão está situado no Leste do Estado de Tocantins, na região compreendida pelas cidades de Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins, Lagoa do Tocantins, Lizarda, Santa Teresa e São Felix do Jalapão. Fica na zona de transição entre o cerrado e a caatinga, também com predominância da savana e estreita mata ciliar, que protege a vegetação dos rios, e pode ser observada eventualmente.

O clima do local é do tipo tropical, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, compreendida entre os meses de outubro e abril, e a outra seca, de maio a setembro, período considerado pelos tocantinenses como “verão”. Nesta época de estiagem, a temperatura média é de 30º C, podendo chegar a 39º C nos dias mais quentes.

A fauna é um atrativo à parte. Ao percorrer as estradas que cortam a região, os turistas podem observar animais das mais variadas espécies. Onças, veados, antas, raposas, lobos-guará, tamanduás e capivaras são apenas aperitivos do belo cenário, no qual marcam presença as cobras – a jibóia, a cascavel e a sucuri são as mais comuns –; as aves, como as araras, os papagaios, as sariemas, os urubus e as emas; e os peixes, com destaque para a piabanha, o jaú, a traíra e o pacu. Também não podem ser esquecidos os sapos, as pererecas e as rãs.

O que mais chama atenção no Jalapão, no entanto, são os oásis de água abundantemente cristalina. Além das cachoeiras e quedas d’água capazes de maravilhar qualquer ser humano, há lagoas e rios de todos os tipos, que permitem a prática de diversas modalidades esportivas.

Mas não pense que é assim tão fácil desfrutar de todas essas belezas da natureza. O Jalapão fica muito longe. Para chegar à região, é preciso pegar um vôo de Brasília a Palmas – capital do Tocantins. De lá, são mais sete horas a bordo de um veículo com tração nas quatro rodas, o único capaz de atravessar as esburacadas estradas de terra, às vezes com cascalho e trechos de areia.

As cidades mais próximas, Ponte Alta do Tocantins e Mateiros, ficam a cerca de três horas de viagem. O Jalapão não possui hotéis, pousadas ou qualquer tipo de pensão. A saída é acampar à beira de um de seus rios, o que torna a viagem ainda mais aventureira.

O jornalista viajou a convite da TAM, MultiStar, Ambiental Ecoturismo e Korubo Expedições.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;