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Meirelles: 'BC autônomo pode baixar juros e inflação'
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
01/04/2003 | 21:16
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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira que todas as experiências mundiais com bancos centrais autônomos mostraram como conseqüência taxas de juros e inflação menores, com o crescimento maior.

Segundo Meirelles, o BC autônomo representa mais credibilidade no país junto aos agentes econômicos e, com isso, suas ações acabam surtindo maior efeito. Ele disse ainda que, assim como em outros órgãos que adquirem autonomia, os membros de um banco central autônomo são eleitos pelo Congresso e têm de prestar contas da mesma maneira que atualmente.

Meirelles está no Congresso Nacional para dar aos parlamentares explicações exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sobre o cumprimento de metas para as políticas monetária, creditícia e cambial.

O presidente do BC esclareceu o crescimento rápido da inflação e reafirmou a previsão de queda no índice para os próximos 12 meses. Segundo ele, o BC usou o controle da taxa de juros para frear o avanço da inflação, o que vem sendo usado pela maioria dos países desenvolvidos.

Meirelles disse que ainda há uma pressão inflacionária no país que ameaça o crescimento econômico. Em relação à alta dos juros, Meirelles acredita que as taxas cairão no Brasil com a redução do risco-país, que deve cair ainda mais, segundo ele.

A apresentação do titular do Banco Central é relativa ao segundo semestre do ano passado. Ou seja, ele transmite aos parlamentares a avaliação do último semestre da gestão do seu antecessor no cargo, Armínio Fraga. Apesar disso, ele informou que o BC apresentou um lucro de janeiro a março deste ano de R$ 8,189 bilhões.

Agora à noite, o presidente do BC disse que a economia brasileira está muito melhor do que se previa e acima da melhor expectativa, apesar do cenário de instabilidade na economia mundial.

Meirelles afirmou que a guerra no Iraque deve afetar todo o mundo, dependendo da duração. Para ele, o mercado ainda está confuso e não é possível avaliar os reflexos do conflito, mas seu prolongamento terá um custo que, em parte ficará na conta do Brasil e de outros países, principalmente os emergentes.




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