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Luiz Fernando cobra ação do MP no caso de Enel e Morando

Deputado estadual avalia que órgão deveria apurar a acusação de executivo de que prefeito pediu ato criminoso à companhia

Wilson Moço
Do Diário do Grande ABC
24/11/2023 | 07:00
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André Henriques/DGABC 27/8/21

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O deputado estadual e pré-candidato do PT à Prefeitura de São Bernardo no ano que vem, Luiz Fernando Teixeira, disse ontem que o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) deve tomar a frente e investigar acusação do diretor de assuntos institucionais da Enel, Marcos Mesquita, de que o prefeito Orlando Morando (PSDB) teria pedido serviço que configura crime ambiental. A equipe do Diário procurou os também deputados estaduais Thiago Auricchio (PL) e Carla Morando (PSDB), respectivamente, presidente e relatora da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel, as secretarias estaduais da Segurança Pública e de Meio Ambiente e a empresa para tratar do assunto. No entanto, todos se mantiveram em silêncio.

O caso veio à tona semana passada, quando o chefe do Executivo perdeu o controle e, aos gritos, chamou Mesquita de “mentiroso” e disse “você não presta”. O entrevero aconteceu nos corredores da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), logo após terminada audiência da CPI, instalada para apurar falhas nos serviços prestados pela empresa, mas que ganhou novo ingrediente devido aos graves problemas ocasionados pelo forte temporal que castigou São Paulo no começo do mês. Mais de 2,1 milhões de pessoas sofreram com falta de energia, muitos dos quais por uma semana.

VÍDEO

Em vídeo que viralizou nas redes sociais, o chefe do Executivo vai em direção ao diretor da companhia, Marcos Mesquita, e, aos berros, o chama de “mentiroso” e diz que ele “não presta.” Depois de ouvir outras ofensas, Mesquita responde: “Por que? Porque te lembrei que era um crime ambiental?”

“O final da fala do executivo da Enel (no vídeo) é que ele queria alertar que o que o prefeito pedia poderia ser caracterizado como crime ambiental. O MP (Ministério Público) deveria apurar que crime é esse a que o diretor se referiu, se foi cometido, onde e quando. Não precisaria esperar (MP) ser provocado por uma ação, por exemplo, para tomar alguma medida. O que o prefeito fez reverberou bastante, porque foi muito ruim. Portanto, o MP deve ter conhecimento do ocorrido e pode apurar, até para que não pairem dúvidas”, avaliou Luiz Fernando.

Para o petista, o episódio serviu para mostrar novamente que Orlando Morando “não tem o menor controle e é despreparado para aceitar qualquer controvérsia”. “O que ele fez na Assembleia foi muito triste, ainda mais por atacar uma pessoa que seguramente é mais velha que ele. Total falta de respeito. Mas para nós não foi nenhuma surpresa, pois ele sempre foi assim, não aceita que alguém contrarie a opinião dele. Isso tem sido uma constante, como mostram vídeos nas redes sociais. Quando as pessoas tentam argumentar nos eventos da Prefeitura, por exemplo, ele perde o controle. Até por isso o chamam de reizinho.”




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