Três presos políticos cubanos, que não integram o grupo de 75 opositores condenados em 2003, viajaram na noite de quinta-feira para Espanha, o que eleva a 42 o número de detentos de Havana liberados em consequência de um diálogo entre o governo e a Igreja Católica.

Ciro Pérez, 61 anos, Arturo Suárez, 46, e Rolando Jiménez, 41, o único dos três reconhecido como preso de consciência pela organização Anistia Internacional, devem desembarcar em Madri nesta sexta-feira.

Pérez, Suárez e Jiménez são os primeiros opositores a viajar para a Espanha fora do grupo de 75 condenados em 2003 a penas de seis a 28 anos de prisão.

O governo cubano decidiu em julho que 52 dissidentes dos 75 seriam liberados em quatro meses. Desde então, 39 foram liberados e emigraram para a Espanha após o diálogo entre o presidente Raúl Castro e o cardeal Jaime Ortega.

Mais cedo, a Igreja anunciou que o governo de Cuba autorizou a libertação de outros cinco presos políticos, que também não figuram no grupo de 52 que prometeu soltar.

Juana María Nieves, Domingo Ozuna, Juan Francisco Marimón, Misael Mena e José Luis Ramil, todos condenados por pirataria, "aceitaram sair da prisão e viajar à Espanha", informou o Arcebispado de Havana.