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Polícia: corpo enterrado como indigente é de empresário
Do Diário OnLine
Com Agências
19/08/2004 | 23:56
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A polícia técnica confirmou na tarde desta quinta-feira que o corpo enterrado como indigente no Cemitério de Marapicu, em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, é de André Francavilla Luz. O empresário havia sido seqüestrado em fevereiro deste ano e a família chegou a pagar o resgate.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a confirmação se deu por meio de um exame necropapiloscópico realizado no último dia 16 que relacionou o cadáver com as impressões digitais colhidas no dia 30 de junho, 25 dias após o sepultamento. O número da etiqueta que estava amarrado à perna do cadáver é o mesmo número do laudo de remoção, realizada no dia 29 de março.

O corpo foi removido para o IML (Instituto Médico-Legal) do Centro do Rio onde ficará à disposição da família que solicitou um novo sepultamento ainda a ser marcado. De acordo com Roger Ancillotti, diretor do IML, não há necessidade de exame de DNA, conforme a família da vítima solicitou: “Estaremos à disposição para a coleta do material pelo laboratório que os familiares escolherem. Pela polícia técnica, não temos a menor dúvida de que o corpo é de André Francavilla Luz”, disse o diretor.

A respeito da queixa da família referindo-se ao fato de ter procurado pelo corpo do rapaz em várias unidades do IML, Ancillotti esclareceu que o estado em que se encontrava a vítima, morta por espancamento, seria difícil um reconhecimento até mesmo por parte de familiares: “Pelo laudo cadavérico, o André sofreu fraturas no malar, teve amputado um pedaço de uma das orelhas além da deformação do rosto. Até mesmo a modificação que a própria fauna e flora desenvolvem sobre a putrefação cria esse obstáculo”.

O corpo de André Francavilla foi encontrado no dia 29 de março no KM 182,2 da Via Dutra, sentido São Paulo, e no mesmo dia sofreu uma perícia de local realizada por agentes de Nova Iguaçu. A diferença de altura, alegada também pelos familiares, se deu em função da rigidez do cadáver em processo de decomposição, alterando assim a dimensão do corpo.

Participaram da exumação administrativa, ou seja, da remoção do cadáver para o IML o delegado da Divisão Anti-Seqüestro, Cláudio Armando Ferraz, os peritos-legistas João Ferreira e Roger Ancillotti, além dos peritos criminais Miguel Arcanjo e Liu T. Yaei.




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