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Eleições influenciam trabalhos do Legislativo
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
25/08/2002 | 19:48
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Nada de ausências durante as sessões ou projetos parados na pauta da ordem do dia. O processo eleitoral não tem influenciado o andamento dos trabalhos legislativos na região, como na Assembléia Legislativa. Quem faz a afirmação são os próprios presidentes das casas de leis do Grande ABC.

Na prática, porém, o que acontece é uma visível queda no rendimento dos vereadores. Em Santo André, São Bernardo e São Caetano, especialmente, o processo tem atrapalhado muito as discussões de projetos, uma vez que os parlamentares têm se preocupado principalmente com suas campanhas.

O único presidente que admitiu a influência foi o de São Caetano, Flávio Rston (PTB). “O trabalho das comissões, por exemplo, está mais lento. O processo eleitoral não interfere nos destinos da cidade, mas a tendência natural é que os processos se tornem mais lentos.” Segundo ele, não é apenas em São Caetano que o fenômeno ocorre. “A eleição influencia qualquer órgão Legislativo.”

Para o presidente da Câmara de Mauá, Hélcio da Silva (PT), apesar de o discurso dos vereadores se tornar mais “partidarizado”, a eleição não dificulta o trabalho da Casa. “Com exceção da empolgação normal que os vereadores têm nesta época que faz com que, muitas vezes, o foco central da discussão seja desviado, nada mais atrapalha nossas discussões.”

Em Santo André, o presidente da Casa, Carlinhos Augusto (PT), afirmou que o andamento dos trabalhos está tranqüilo. Para Carlinhos, o fato de o Legislativo local ter conseguido quórum nos últimos tempos para as votações já é muito importante. “Quando temos ausências, o que normalmente ocorre, elas são justificadas.”

Segundo o presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), nenhum vereador tem sofrido os efeitos da eleição. “Até o momento, não houve falta por conta da questão partidária. O pessoal está trabalhando. Os dois candidatos da Casa têm comparecido e as sessões têm sido realizadas normalmente. Se acontece da pauta estar fraca é devido a outros motivos, não relacionados à eleição, como falta de criatividade dos vereadores ou falta de agilidade da Câmara.”

O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Edson Savietto, o Banha (PT), disse que “estranhou” o fato de a imprensa noticiar que o processo eleitoral esteja a atrapalhar as votações de projetos nos âmbitos municipal e estadual.

Segundo o presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Adler Teixeira, o Kiko (PSDB), o processo eleitoral passa longe de atrapalhar as votações na cidade. Ele atribui o fato à “peculiaridade” de nenhum vereador da cidade ter se candidatado nesta eleição.

Sozinho – Entre os presidentes das câmaras na região, José Walter Tavares (PL), de São Bernardo, será o único a participar da eleição. Tavares tenta uma vaga na Assembléia Legislativa. Tavares foi, também, o único presidente que até o fechamento desta edição não retornou às ligações da reportagem para comentar o assunto.




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