Um tribunal de Tel Aviv condenou nesta terça-feira a 32 meses de prisão o filho do Grande Rabino sefardim de Israel, Shlomo Amar, após tê-lo considerado culpado de seqüestrar e dar uma surra em um jovem de 17 anos, com quem sua irmã estava saindo.

O condenado, Meir Amar, também deverá pagar à vítima uma compensação de cerca de 7.600 dólares.

A mulher do Grande Rabino, Mazal Amar, admitiu no tribunal que não avisou a polícia do ataque cometido por seu filho, mas não foi condenada.

Meir Amar, a quem seu pai se nega a ver, foi acusado de ter seqüestrado o namorado de sua irmã em maio passado, em Tel Aviv, após ter convencido a jovem, que se chama Ayala, a apresentar o rapaz e fazê-lo subir em seu carro.

Depois, ele levou o jovem para uma cidade árabe perto de onde lhe aplicou a surra, junto com outros dois agressores, que o humilharam, cortando seu kipá (o tradicional gorro dos hebreus ortodoxos).

O Grande Rabino foi interrogado pela polícia, mas negou qualquer envolvimento no assunto.

Ayala e seu namorado se conheceram pela Internet para, então, começar a sair juntos, sem que a família da jovem soubesse.

Os contatos entre jovens do sexo oposto no meio judeu ortodoxo são muito raros, motivo pelo qual muitos deles tentam fazer amizade pela Internet.