Além da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Rudge Ramos, mais uma unidade de saúde de São Bernardo apresenta complicações em sua estrutura. A equipe do Diário esteve na UPA Silvina/ Ferrazópolis após receber denúncias de usuários do equipamento e constatou que o local passa por problemas estruturais, como vazamentos e goteiras, além de falta de conservação, pinturas e um banco quebrado na recepção.

Um vídeo, feito por um usuário da unidade, mostra a existência das goteiras e do vazamento logo na entrada do local, além de registrar baldes, algumas placas de ‘piso molhado’, panos e papéis descartáveis espalhados no chão da recepção do equipamento de saúde. A equipe do Diário observou o problema em uma das pilastras, que está rodeada de papéis, para a contenção da água, e de uma sinalização.

A reportagem ainda detectou que uma das cadeiras da recepção está sem assento, o que dificulta o acolhimento. A unidade tem problemas de conservação, apresentando falta de pinturas e paredes manchadas em toda a unidade. 

Além do interior do equipamento, o Diário registrou que a fachada se encontra deteriorada, sendo possível visualizar que o pilar de identificação da UPA apresenta inúmeros cortes.

Outra adversidade relatada pelos usuários da UPA Silvina/Ferrazópolis é a dificuldade para serem atendidos. “Trago meus netos, só uso essa aqui por ser mais perto. É sempre lotado e o atendimento é péssimo. Tem uns médicos que são complicados”, relatou uma usuária indignada pelas condições do equipamento. “Ai você cai e já viu, né”, completou ela, em tom irônico sobre as goteiras e vazamentos.

As complicações nos equipamentos causam inquietação na população, visto que, em julho, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um aporte de R$ 150 milhões para a área de saúde da cidade. A Prefeitura de São Bernardo, comandada por Orlando Morando (PSDB), foi procurada pela equipe de reportagem, mas não se posicionou sobre a situação até o fechamento da edição.

Como divulgado pelo Diário na edição de ontem, a UPA Rudge Ramos passa por deficiências na estrutura do local, situação semelhante à da unidade do bairro Jardim Silvina. A reportagem constatou inúmeros problemas estruturais no equipamento de saúde, como infiltrações e rachaduras nas paredes, além de baldes e panos no chão para contenção de goteiras.