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Pelo ralo
Da Redação
18/10/2023 | 08:37
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A lamentável situação estrutural da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Rudge Ramos, que sofre com goteiras e infiltrações, levanta desconfiança na opinião pública de São Bernardo sobre o destino dos R$ 150 milhões liberados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), três meses atrás, para custear a saúde no município. As suspeitas têm razão de ser. Afinal, o dinheiro chegou, mas a penúria nos endereços da rede municipal persistem. Sabe-se que as finanças são-bernardenses estão em frangalhos, tanto que o prefeito Orlando Morando (PSDB) acaba de impulsionar programa de venda de imóveis públicos em tentativa desesperada de arrecadar dinheiro para pagar contas.

A população, naturalmente, esperava que os recursos enviados pelo Estado fossem utilizados de maneira a melhorar o atendimento e a infraestrutura de saúde. Entretanto, como mostra a realidade da UPA no Rudge Ramos, é legítimo questionar se o dinheiro liberado por Tarcísio está sendo de fato aplicado de forma adequada por Morando e sua equipe. A falta de manutenção e as condições precárias em que se encontram as unidades de atendimento na cidade levantam a questão sobre como os recursos estão sendo geridos pelo município. Será que os R$ 150 milhões foram realmente direcionados para resolver problemas estruturais tão evidentes e necessários para serviço de qualidade?

Diante da dúvida, é importante à sociedade verificar se há fiscalização por parte de vereadores e promotores para garantir que os fundos paulistas sejam utilizados de forma transparente e eficaz em São Bernardo. A alocação de verbas substanciais para a área da saúde deve ser acompanhada por medidas que assegurem que os recursos atendam às necessidades reais da comunidade. A revelação das condições precárias da infraestrutura de saúde coloca em xeque a capacidade de gestão dos recursos estaduais por parte do Paço são-bernardense, exigindo, assim, olhar rigoroso e prestação de contas transparente sobre a utilização dos R$ 150 milhões – que, ao que parece, escoaram pelo ralo.




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