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Seguidores da Al Qaeda lançam boletim pela Internet
Da AFP
06/10/2005 | 14:49
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Os simpatizantes da rede terrorista Al Qaeda lançaram na Internet um boletim informativo semanal em vídeo, apresentado por um homem armado e encapuzado, sobre suas "façanhas" e "atrocidades" cometidas por seus inimigos.

Na segunda edição de "A nação em uma semana", o apresentador da Voz do Califado, transportou o público da "Palestina ocupada ao orgulhoso Afeganistão", antes de parar no Iraque e passar pelo "Níger muçulmano".

Quatro milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome e as doenças no Níger porque "não contam com nenhum cristão que os defendam no mundo dos cruzados". "Seu solo não contém petróleo para merecer a atenção dos Estados que governam o mundo", explicou o homem durante os 20 minutos do boletim.

Os "Saud e os Sabah", famílias reinantes nas monarquias petroleiras da Arábia Saudita e do Kuwait, "estão muito ocupados em dar doações para salvar seus amos, vítimas do furacão Katrina nos Estados Unidos", disse, em referência às ajudas enviadas aos desabrigados da tragédia.

Produzido pelo Global Islamic Media Front, o programa começou com imagens que mostram a "captura e execução de um agente secreto sionista" por parte de ativistas palestinos. As Brigadas Ezedin al-Qasam, braço armado do movimento islâmico radical Hamas, reivindicaram no dia 27 de setembro o seqüestro e assassinato de um colono israelense qualificado de agente do serviço de segurança interno Shin Beth.

"É o mínimo que merecem os israelenses", comentou o apresentador, antes de enunciar os ataques e as campanhas de prisões executadas por Israel entre os integrantes do Hamas e os habitantes da Faixa de Gaza "com a total cooperação" da Autoridade Palestina.

Foram exibidas imagens "de operações jihadistas no Iraque", onde uma mulher suicida "deu uma lição de sacrifício a pseudo-homens" ao detonar uma bomba diante de uma delegacia em Tall Afar, bastião rebelde do noroeste do país. O ataque foi reivindicado pela célula iraquiana da Al Qaeda.

O apresentador acusou a organização Badr, segundo ele fundada por movimentos xiitas pró-Irã, de ter seqüestrado, torturado e executado um sunita na saída de uma mesquita. Além disso, ridicularizou as "bruxas dos meios de comunicação" e criticou o porta-voz do governo iraquiano, Leith Kuba.

Como todos os boletins informativos, esta versão inclui intervalos e em um deles foram exibidas imagens do jornalista da rede de televisão Al-Jazeera, Tayssir Allouni, condenado na Espanha a sete anos de prisão por colaboração com a Al Qaeda.




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