As 94 famílias de Ribeirão Pires que ficaram desabrigadas ou desalojadas por conta das chuvas do início do ano receberam ontem auxílio-moradia emergencial de R$ 300 mensais por seis meses, mais R$ 1.000 do programa Novo Começo, pelo mesmo período, do governo do Estado, para ajudar moradores que perderam tudo.EM

O auxílio foi firmada entre a Prefeitura da cidade e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). "O convênio será por seis meses podendo ser prorrogado para mais seis. Mas a ideia é buscar habitação para essas famílias. Estamos em negociação com a Prefeitura para encontrarmos um local para a construção", disse Antonio Lajarin, representante da Secretaria Estadual de Habitação e da CDHU.

Questionado sobre a demora da chegada do auxílio às famílias, Lajarin foi objetivo: "A burocracia atrapalha. Mas o pedido da administração (municipal) chegou logo após o ocorrido, em fevereiro." O convênio já havia sido feito com outras seis cidades do Estado, entre elas São Bernardo - , onde os desabrigados tiveram auxílio-moradia de R$ 315 por mês e 924 famílias foram beneficiadas.

Primeiro cheque - A dona de casa Adriana Paulino da Silva, 29 anos, do bairro Santo Bertoldo, em Ribeirão, foi a primeira a receber o cheque de R$ 1.300 ontem. "Foi uma vitória receber esse dinheiro. É pouco, mas não sei ainda o que vou fazer", disse. No dia do deslizamento que a desalojou (21 de janeiro), ela pensou que perderia tudo. "Estava em casa quando tudo desbarrancou. Estou na residência dos meus pais. É horrível."

Uma das regiões mais afetadas apontada pelo secretário de Promoção Social de Ribeirão Pires, Eduardo Nogueira, é o bairro Ouro Fino. "Em 40 anos, nunca vi uma situação como essa. A Defesa Civil se empenhou ao máximo." Mas alguns moradores contestam: "A região é complicada. Faltou empenho da Prefeitura. Estou na casa da cunhada. Esse valor é pouco, nem sei por onde começar", disse a dona de casa Kátia Cilene Ferreira, 41.