Nacional Titulo Exonerada por Lula
Após demissão, Ana Moser promete lutar por ‘valorização do esporte’

Ex-jogadora foi substituída do ministério por André Fufuca, do Centrão

08/09/2023 | 07:42
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André Baldini/PMD


Após lamentar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em tirá-la do cargo de ministra do Esporte, Ana Moser voltou a se manifestar sobre o assunto nesta quinta, com uma publicação no X, rede social antes conhecida como Twitter. No breve texto, a ex-jogadora de vôlei de 55 anos reforçou sua frustração por ter ficado tão pouco tempo no cargo e disse que continuará lutando pela valorização do esporte no País.

“Para mim, o potencial social, educacional e comunitário do esporte ainda está para ser reconhecido e valorizado, especialmente pelos gestores públicos. Por isso a luta continua. Agradeço aos que estiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo”, escreveu a medalhista olímpica, que, desde que se aposentou das quadras, se dedica ao ativismo social voltado ao esporte.

<ntes de atuar como ministra, Moser foi líder da ONG Atletas pelo Brasil, ao lado do ex-jogador de futebol Raí, e teve experiências ligadas à política, como integrar o Conselho Nacional do Esporte, e dirigir o Centro Olímpico do Parque do Ibirapuera, parte da estrutura da Secretaria de Esportes de São Paulo. “Construí minha vida inteira para chegar aqui. Como mulher lutei para conquistar espaços e no Ministério do Esporte trabalhei para transformar a realidade do esporte brasileiro. E continuarei lutando”, completou.

A agora ex-ministra perdeu seu cargo por causa de um acordo costurado por Lula junto ao Centrão. O presidente concretizou uma reforma ministerial que envolveu a demissão de Moser e a entrega do Esporte para André Fufuca (PP-MA), em um momento no qual a pasta tem a expectativa de receber uma grande injeção financeira com o avanço da regulamentação das apostas esportivas.

O remanejamento foi lamentado por atletas e ex-atletas, que já vinham se manifestando antes da oficialização da demissão de Moser para tentar impedir o movimento, caso de Raí e a lenda do basquete Hortência, que encabeçaram o movimento “Ana Moser Fica” com uma hashtag nas redes sociais. Depois o anúncio de que ela estava fora do governo, novas manifestações foram realizadas.

A ex-nadadora Joanna Maranhão, presidente do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil, disse que “não será a eleitora que irá aplaudir os erros do governo” e defendeu Moser como “a pessoa certa para propor uma política pública de esporte de Estado, e não de um governo”. Já Carol Solberg, jogadora de vôlei de praia, entende que “o esporte foi mais uma vez usado como moeda de troca” e afirmou que o argumento da governabilidade “não pode justificar tudo”.




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