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Grande ABC registra 90 mortes de ciclistas desde início da série histórica

Especialista lista equipamentos de segurança para proteção dos condutores

Renan Soares
19/08/2023 | 07:00
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DGABC


Em oito anos e meio, 90 ciclistas morreram no trânsito da região, é o que mostra dados do InfoSiga, sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo). Celebrado neste sábado (19), o Dia Nacional do Ciclista foi criado em 2017, como forma de homenagear o ciclista Pedro Davison, que morreu em 2006, aos 25 anos, atropelado enquanto pedalava em Brasília, no Distrito Federal, e liga o alerta para a segurança dos condutores de bicicleta no trânsito. 


O principal objetivo da data é promover ações para reflexão e conscientização sobre a segurança, na prática da atividade, reduzindo índices de vítimas. No primeiro semestre de 2022, o Grande ABC registrou quatro mortes de ciclistas, número que dobrou neste ano para o mesmo período, em que oito condutores de bicicleta morreram. Das vítimas de 2023, todos eram homens, sendo a colisão o principal motivo (5) e as rodovias (50%) o principal local dos óbitos.

No Estado, foram registrados 357 óbitos de ciclistas em 2022, quase um por dia, representando um aumento de 11,5% em comparação ao ano anterior, que teve 321. 

Diante deste cenário, o médico traumatologista Gustavo Fraga, coordenador do Centro de Trauma do Vera Cruz Hospital, explica que existem três tipos de vítimas do ciclismo: o praticante desportivo, o que usa a bicicleta como meio de transporte e o esporádico, que utiliza o ciclismo como meio de lazer. Fraga ressalta que as medidas de proteção são essenciais a todos, independentemente da modalidade. 

“Todo tipo de trauma pode e deve ser evitado. O uso de alguns equipamentos de segurança pode representar a diferença entre a vida e a morte ou de uma lesão leve e uma lesão grave. Por isso, são indispensáveis para reduzir riscos e tornar a experiência segura e agradável”, destaca. Conforme o especialista, um dos principais itens de segurança é o capacete. “Protege a região da cabeça, que é sensível e vital, minimizando as chances de algum trauma grave em casos de impacto, seja numa queda ou batida contra outro veículo, ou objeto fixo”.

O especialista também recomenda o uso das luvas, para evitar escoriações do contato das mãos com o guidão, calçados apropriados, roupa que permita a mobilidade, óculos de sol durante o dia ou transparente à noite. Além disso, Fraga aponta que o ciclista precisa se preocupar em estar bem sinalizado para que outros veículos o tenham em campo de visão. Portanto, a bicicleta deve estar equipada com farol e lanterna, além de retrovisores, que permitirão a visualização ao redor, sendo um recurso extra de proteção.



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