Os prefeitos das sete cidades do Grande ABC – Paulo Serra (Santo André), Orlando Morando (São Bernardo), José Auricchio Júnior (São Caetano), José de Filippi Júnior (Diadema), Marcelo Oliveira (Mauá), Guto Volpi (Ribeirão Pires) e Penha Fumagalli (Rio Grande da Serra) – deram prova de maturidade política ao deixarem divergências pessoais de lado para comparecerem em peso à reunião de consórcios com o governador Tarcísio de Freitas. O encontro, importantíssimo como símbolo do modelo de diálogo regional que a gestão estadual pretende imprimir na relação com os municípios paulistas, marcou a retomada do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana.

Além do congraçamento dos sete prefeitos do Grande ABC, é preciso destacar também o compromisso de Tarcísio com a Região Metropolitana. Ao promover a retomada do conselho criado em 2011, mas inativo desde o fim de 2019, o governador demonstra estar comprometido com a formulação e articulação de políticas públicas para beneficiar toda a Grande São Paulo. A primeira deliberação do grupo, aliás, foi o encaminhamento do projeto do PDUI (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado) à Assembleia Legislativa. O texto estabelece as diretrizes para o planejamento sustentável dos 39 municípios, inclusive a Capital, com destaque para zoneamento, ocupação do solo e obras interurbanas.

A retomada do Conselho Metropolitano é a instância ideal para a colocação de pleitos importantes às sete cidades. A atuação conjunta dos municípios é a forma mais apropriada de o Grande ABC demonstrar sua força ao governo paulista – e também para a União. Se os prefeitos tivessem, lá atrás, compreendido a importância de se manterem unidos no momento de realizar as cobranças ao Estado, o Metrô, por exemplo, certamente já estaria circulando, em vez de ainda ser um sonho almejado pelos quase 3 milhões de moradores do bloco. Que o bom senso dos chefes de Executivo permaneça, o Consórcio seja (re)unido e gere os frutos que toda a sociedade está esperando.