Um dos principais nomes do PT de Rio Grande da Serra, o ex-prefeito e atual secretário municipal de Relações Institucionais, Ramon Velásquez, descartou essa possibilidade de ser prefeiturável em 2024 e pregou aliança com a atual prefeita da cidade, Penha Fumagalli (PSD). 

“Algumas pessoas têm me incentivado nesse sentido (de candidatura própria), mas entendo que não é o momento. O PT municipal precisa se reorganizar. Não reunimos condições, inclusive financeiras, de disputar nesse momento”, disse o petista, não descartando uma candidatura ao Legislativo. “É uma hipótese que estamos analisando”, complementa.

Na opinião de Velásquez, a reorganização do PT exige renovação de quadros e um profundo entendimento sobre a cidade. “Nós não estamos conseguindo fazer a lição de casa. Precisamos mudar muitas coisas para chegarmos melhores, talvez, em 2028”, observou, sinalizando que o apoio à reeleição de Penha é um caminho natural. “Hoje estou como secretário municipal ajudando o governo a compreender o sistema a criar governabilidade. Entendo que precisamos auxiliar nessa reconstrução depois da tragédia que foi o governo do Claudinho da Geladeira para a cidade”, destacou. 

Ainda sobre o prefeito cassado, Ramon não esconde a sua decepção. “Traiu o PT, apelou para um populismo tosco, ganhou a Prefeitura e não propôs nenhum debate importante”, conclui.

O ex-prefeito elogia a atual gestão e a seriedade de tratar alguns temas como prioridade, justificando a necessidade de unir forças para recuperar o tempo perdido. “As últimas gestões de Rio Grande não trataram de temas fundamentais e pouco se preocuparam com o desenvolvimento da cidade. Temos que trabalhar as vocações locais, como o turismo e o meio ambiente. Também precisamos trazer a Sabesp e a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) para debatermos os reservatórios e mostrarmos a importância da cidade para o abastecimento alternativo. A Penha tem demonstrado esses esforços e, por isso, precisamos estar juntos”, frisa.