Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico irá elaborar estudos sobre os impactos ambientais e arquitetônicos do modal metroviário
O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) solicitou ao Metrô o projeto da Linha 20-Rosa, que sairá da Capital com destino ao Grande ABC, para a elaboração de estudos sobre os impactos ambientais e arquitetônicos do modal. A solicitação foi publicada no Diário Oficial do Estado de quarta-feira.
Uma das etapas de estudo é a formulação do EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e do Rima (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente), instrumentos utilizados para avaliação e delimitação de áreas que podem sofrer impactos com as obras. Os estudos também definem mecanismos de compensação e mitigação dos danos previstos em decorrência das intervenções que serão feitas.
O Metrô deverá fornecer plantas georreferenciadas para apreciação do Condephaat, que ainda poderá solicitar projetos arquitetônicos específicos em caso de interferência a bens tombados. A companhia de transporte metropolitano também deve indicar a localização das estações, pontos de ventilação, saída de emergência e outros elementos que serão construídos na superfície.
Na publicação, o conselho ressalta que, “caso sejam identificadas potenciais interferências em áreas protegidas pelo Condephaat, deverá ser apresentado, oportunamente, projeto arquitetônico para cada um dos sítios”.
Conforme publicado pelo Diário na quarta-feira, o Metrô encaminhou à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) no dia 14 de julho um pedido de licença prévia para o projeto da Linha 20-Rosa.
A companhia pediu a apresentação de estudo e relatório de impacto ambiental das obras para trazer o modal à região. O texto publicado no Diário Oficial do Estado cita trecho que percorrerá Santo André e São Bernardo. A publicação também informa que a Cetesb tem prazo de 45 dias para emitir um parecer.
A Linha 20-Rosa terá uma extensão de 31 quilômetros, com 25 estações e dois pátios de manutenção, entre as estações Santa Marina, no bairro da Lapa, na Capital, e Santo André, passando também pelas regiões de Pinheiros, Faria Lima, Rebouças, Moema, Cursino e São Bernardo, com conexão direta a diversas linhas de transporte sobre trilhos. Atualmente, o Metrô desenvolve o projeto funcional (primeiro projeto de uma linha) e estudos auxiliares. A previsão inicial do projeto é que o Grande ABC tenha seis estações, quatro em Santo André e duas em São Bernardo.
O projeto foi apresentado em 2019, quando o governo do Estado era comandado por João Doria (à época no PSDB, hoje sem partido). O Grande ABC foi incluído na Linha 20-Rosa após o ex-governador substituir o projeto de monotrilho da Linha 18-Bronze pelo BRT-ABC. A expectativa, inclusive, é que a Linha 20 cruze com o BRT, na futura parada Afonsina, em Santo André.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.