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Metalúrgicos têm ressalvas ao programa do carro popular

Sindicato aprova a iniciativa do governo, mas questiona falta de garantia de emprego

Da Redação
09/06/2023 | 08:12
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Celso Luiz/01.12.2020


O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aprovou com ressalvas a MP (Medida Provisória) de estímulo à industria automotiva. A entidade destaca a importância do pacote formula do pelo governo federal, mas questiona o fato de não contemplar a garantia de empregos.

“É um anúncio importante do governo para o setor e contempla parte das sugestões encaminhadas pelos Metalúrgicos do ABC ao presidente Lula. Entre elas ter maior benefício para as empresas que comprarem mais do setor de autopeças nacional, aquelas que oferecerem um produto mais acessível em termos de valor e que também leve em consideração os veículos menos poluentes”, afirmou o diretor administrativo do sindicato, Wellington Messias Damasceno. 

O dirigente sindical, entretanto, analisa que há pontos críticos no anúncio. “É muito grave um programa como esse, que conta com incentivos do governo, não ter a proteção ao emprego no setor automotivo, tanto nas montadoras quanto nas autopeças. A preservação ao emprego é importante e é o que esperamos de um governo eleito com foco nas demandas dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou.

Damasceno ressaltou que o Sindicato fez esse alerta na reunião no dia 25 de maio com o presidente Lula, ministros e empresários para discutir o pacote de estímulo à indústria nacional.

“Reforçamos a importância de inclusão da proteção ao emprego. Nenhum representante empresarial se contrapôs à proposta, mesmo assim essa contrapartida social não foi anunciada”, contou.

Outro ponto preocupante é o fato de não ter sido anunciada uma linha de crédito popular. “Essa seria uma parte importante do programa e está na proposta que apresentamos ao governo para permitir que trabalhadores e trabalhadoras tenham acesso à compra de um veículo zero. Na maioria dos casos, a compra só é possível com prazos mais longos e juros mais baratos de financiamento”.

No dia 3 de maio, o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, e os diretores Wellington Damasceno e Aroaldo Oliveira da Silva entregaram ao presidente Lula o Estudo Setorial Automotivo: caminhões, ônibus e automóveis, com detalhamento do setor, diretrizes e propostas para reposicionamento da cadeia automotiva brasileira com geração de empregos.

O diretor dos Metalúrgicos do ABC também lembrou que o sindicato tem denunciado a taxa básica de juros, a Selic, em um patamar elevado, 13,75%, pelo Banco Central, influencia em todos os juros que os trabalhadores pagam.




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