Política Titulo Contra a violência
Deputado defende agente armado em escolas para impedir atentados

Capitão Telhada propõe discussão com a sociedade para criar protocolos que possam impedir ataques contra alunos, professores e funcionários

Da Redação
14/05/2023 | 00:27
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Celso Luiz/DGABC


A presença de um agente armado em cada escola do Estado será discutida pela Frente Parlamentar da Segurança Pública em audiência pública que deve ser agendada ainda para o primeiro semestre. Grupo de legisladores paulistas entende que esta é a única maneira de se impedir atentados em unidades de ensino, como o que chocou a Capital em março e terminou com a morte da professora Elisabeth Tenreiro.

“Cometer o maior número de crimes possível, ferir e matar. Esse é o objetivo de quem entra em escola com arma de fogo, faca ou machado. Ele só vai parar quando alguém impedi-lo. Por isso que sou a favor de ter uma pessoa, seja policial militar, guarda-civil, agente de segurança privado, policial veterano aposentado, funcionário da Ssecretaria de Educação treinado, seja quem for”, diz o deputado estadual Capitão Telhada (Progressistas), coordenador da frente parlamentar, em entrevista ao Diário.

Representantes das polícias Civil e Militar, Secretaria de Educação, alunos e pais serão convidados para participar da audiência. No primeiro momento, Telhada quer derrubar a resistência dos trabalhadores da área pedagógica à presença de agentes da segurança. “A figura de um policial na escola não é bem aceita pelo pessoal da educação. É tabu.”

Telhada lembra que os Estados Unidos já têm protocolos para proteger a comunidade escolar, algo que não é discutido no Brasil. “Lá, alunos e professores sabem o que fazer em caso de ataque.” A presença de agente armado ajudaria, diz o deputado. “Precisamos de um cidadão pronto na escola para agir em caso deste tipo de ocorrência”, cita.

“Para prevenir, impedir ou, pelo menos, fazer frente ao ato criminoso tem de ter alguém preparado, com protocolo e com instrução para isso”, defende, dizendo que a vida da professora Elisabeth, que morreu ao imobilizar o agressor na EE Thomazia Montoro, poderia ter sido poupada.

Botão de pânico, detector de metais e câmera de monitoramento, instrumentos que têm sido utilizados como resposta aos episódios, não são eficientes, segundo Telhada. “Tudo isso é paliativo. Ajuda, só que não impede o crime.”

O deputado diz que, “por salário adequado”, policiais veteranos trabalhariam nas escolas. “E tem muita gente boa na segurança privada”, finaliza.




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