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Croácia entregará acusados de crimes de guerra ao TPI
Das Agências
08/07/2001 | 16:23
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A Croácia aceitou neste sábado prender e extraditar para Haia os cidadãos acusados de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), dando início a uma grave crise política nacional.

Depois de mais de oito horas de uma difícil reunião extraordinária de seu gabinete, o primeiro-ministro Ivica Racan anunciou que o governo decidiu enviar ao Ministério da Justiça dois pedidos de prisão e extradição, enviados pelo TPI há um mês. Segundo o próprio Racan, a decisão foi tomada depois de consulta a líderes políticos da oposição e do governo.

Embora a identidade dos dois acusados não tenha sido divulgada oficialmente, a imprensa local adiantou que se trata de dois generais, com cargos de alta responsabilidade durante a guerra da Croácia (1991-1995). O exército croata lutou contra os rebeldes da comunidade sérvia, que proclamaram a independência em determinadas partes do território croata.

Os generais exigidos pelo TPI seriam Ante Gotovina e Rahim Ademi, suspeitos da matança de centenas de civis sérvios e da destruição de dezena de povoados em operações de reconquista do território croata.

De acordo com Racan, a cooperação com Haia "era indispensável para a integração da Croácia na Europa, porque do contrário corria o risco de ficar isolada, como aconteceu na presidência de Franjo Tudjman".

Segundo o chefe de governo, a decisão de cooperar com o TPI foi aprovada por 19 ministros dos 22, enquanto dois se abstiveram e um votou contra.




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