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Dengue: entrega de tampas é suspensa
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
05/03/2003 | 21:37
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A distribuição das cerca de 35 mil tampas de caixas d’água previstas para chegar aos municípios do Grande ABC neste mês está suspensa por tempo indeterminado. Alegando problemas técnicos, em janeiro a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) já havia adiado a entrega das tampas para todo o país. Em contrapartida, o governo disponibilizou a Santo André, São Bernardo e Mauá capas de caixa d’água – cerca de 7,8 mil unidades –, destinadas a caixas que têm tampas quebradas.

“Pegamos com a Funasa 1.025 capas para o modelo redondo de caixa d’água, no último dia 25. Cerca de 500 são de mil litros e o restante, de 500 litros. Nós haviamos pedido 10 mil tampas e estamos entrando em contato com a Funasa para receber um novo lote de capas enquanto as tampas não chegam”, disse a diretora da Vigilância Epidemiológica de Santo André, Rosa Maria Pinto de Aguiar.

Segundo Rosa, os agentes de controle de zoonoses serão treinados nos próximos dias para orientar a população carente a colocar a capa, sem deixar frestas e manter a limpeza da caixa d’água. “Priorizamos residências no Recreio da Borda do Campo e no Parque Miami, onde houve mais registros de focos neste tipo de criadouro.”

O chefe de Seção de Controle de Roedores e Vetores de São Bernardo, Paulo Francisco Toledo dos Santos, disse que também recebeu mil capas de caixas d’água redondas em fevereiro. “Ainda precisamos levantar a demanda no município desse modelo para podermos fazer a distribuição aos moradores de baixa renda. Nosso maior problema, entretanto, é relacionado a caixas mal-vedadas retangulares”, afirmou.

Segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica de Mauá, o departamento vai retirar nesta quinta 5,8 mil capas redondas com a Funasa – entre 250 e mil litros – que resolverão temporariamente parte da necessidade da cidade.

O município pediu ao governo federal cerca de 14,5 mil tampas de caixas d’água. “A gente vai distribuí-las ainda em março. Ao mesmo tempo, será feita uma ação educativa nos bairros mais pobres e onde foram encontradas larvas, como o IV Centenário, Cerqueira Leite e Oratório” disse a coordenadora da Vigilância à Saúde de Mauá, Rosana Madeira Grasso.

Diadema e Ribeirão Pires – que também haviam solicitado tampas – ainda não receberam lotes de capas. Já São Caetano e Rio Grande da Serra não estavam incluídas na lista das cidades prioritárias para o repasse de caixas.

Segundo a assessoria de imprensa da Funasa, o processo de aquisição das tampas ainda não foi concluído, e estão sendo testadas as novas amostras preparadas pelos fabricantes. Não há prazo para entrega do material.




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