Apesar das previsões de que o consumidor estaria cauteloso com os gastos em 2005, as vendas de Páscoa neste ano estão maiores que no ano passado, segundo estimativas do varejo diante do movimento registrado até a tarde desta sexta-feira. A sondagem da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), realizada nesta semana com 100 empresas e 800 consumidores, apontou para uma alta de 2,7% nas vendas de Páscoa. Dos empresários, 46,9% estavam com estoques maiores em relação a 2004. Entre os consumidores, 62% tinham a intenção de gastar menos ou a mesma quantia do ano passado, com valor médio de compra de R$ 19.

O Carrefour estima fechar a data com um aumento de 20% nas vendas de ovos de chocolate em relação a 2004. O varejista colocou à venda 23 milhões de unidades em todo o País, que espera liquidar até domingo. Neste ano, houve um considerável aumento nas vendas dos produtos da marca própria da empresa, uma tendência que vem se delineando há três anos. Os ovos menores, a partir de 80 gramas, são os mais vendidos.

Entre os demais produtos sazonais – salmão, bacalhau e vinhos –, houve aumento nas vendas, que talvez alcance os 20%, segundo a empresa. Foram 600 toneladas de bacalhau programadas, e apenas uma loja de Recife havia vendido 8 toneladas atéeste sábado.

As fabricantes de chocolates artesanais apresentam números mais expressivos. A Chocolates Di Siena estima um aumento nas vendas de 80% em relação ao ano passado. Hoje, a loja da marca, no bairro paulistano de Perdizes, tinha grande procura desde a abertura, às 8h. "Nunca tivemos tanto movimento em uma Sexta-Feira Santa", disse a proprietária, Cecília Marconi.

A Fachga Chocolatier, que também apostou no nicho dos produtos diferenciados - ovos recheados com trufa, marshmallow e cestas decoradas -, esperava vender toda a produção de 20 toneladas nesta Páscoa.