Suzana Dechechi, que foi titular da Educação de S.Bernardo na época da Operação Prato Feito, agora será assessora de gabinete
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A educadora Suzana Dechechi de Oliveira, que foi secretária de Educação de São Bernardo entre 1º de janeiro de 2017 e 18 de abril de 2018, retorna a partir desta segunda-feira (17) à administração municipal, só que em uma função com salário bem menor que antes.
Segundo publicação do jornal Notícias do Município de sexta-feira (14), Suzana passará a exercer a função de assessora de gabinete II do prefeito Orlando Morando (PSDB). De acordo com o Portal da Transparência de São Bernardo, o salário atual de quem ocupa o mesmo cargo de assessor é de R$ 11.712,32. Já o salário de um secretário municipal é de R$ 25.581,94. Ou seja, levando-se em conta os valores nominais atuais, Suzana volta para a Prefeitura de São Bernardo em função que tem remuneração 54% abaixo do que recebia quando estava no primeiro escalão do Paço.
Suzana comandou a Pasta no período em que a administração do prefeito Orlando Morando (PSDB) foi alvo da Operação Prato Feito, da PF (Polícia Federal), que investigou supostas fraudes nos contratos de merenda escolar em diversas cidades do Estado de São Paulo, incluindo São Bernardo.
A então secretária de Educação foi acusada pelo MPF (Ministério Público Federal) de, deliberadamente, promover a prorrogação contratual com a antiga fornecedora do município de merenda escolar pelo prazo de três meses. E também por autorizar, depois, a contratação emergecial de outra empresa por seis meses. Ela também chegou a prorrogar um outro acordo de fonecedora com a Prefeitura, e que foi questionado pela CGU (Controladoria Geral da União), Em depoimento dado à época para a Polícia Federal, Suzana disse que recebeu orientação para a prorrogação de um contrato por três meses, mas não lembrava de quem era a ordem.
À época em que fez parte da primeira gestão do prefeito Orlando Morando, Suzana não mantinha relação harmônica com o chefe do Executivo. Quem atuava diretamente com os principais auxiliares do prefeito lembra de situações de atrito entre Orlando e Suzana, quando ela chegou a dizer, inclusive em reuniões de secretariado, que não cumpriria determinada ordem do chefe do Executivo municipal.
Durante o período de investigações, a Polícia Federal chegou a pedir o afastamento de Orlando Morando do cargo, mas o pedido não foi aceito pela Justiça.
Como resposta ao escândalo em São Bernardo, o prefeito assinou decreto proibindo as empresas fornecedoras, que estavam envolvidas nas investigações da Polícia Federal, de firmar novos contratos com a Prefeitura.
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