Pesquisa mostra que 73% da população está confiante; imóvel é aposta para dinheiro extra
O brasileiro iniciou 2023 otimista com a vida pessoal, mas cauteloso com o País. A rodada de fevereiro da pesquisa Radar Febraban, realiada pela Federação Brasileira dos Bancos e Ipespe, mostra que ampla maioria da população (73% dos entrevistados) acredita que a vida vai melhorar em seus aspectos pessoal e familiar, o que praticamente repete o resultado de dezembro passado. Em relação ao País, o otimismo atinge 53% dos entrevistados, que acreditam que o Brasil vai melhorar esse ano, resultado estável em relação ao último levantamento, que registrou 55% desse sentimento. Para 43% ficará igual ou pior.
Por outro lado, a pesquisa registra perspectivas positivas diante do novo governo. Olhando para o futuro próximo, 49% dos brasileiros acreditam que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será ótima ou boa no restante de 2023 – o que representa um aumento de quatro pontos em relação a dezembro (46%).
Já sobre o sentimento da população em relação ao governo federal no início do novo mandato, quatro em cada 10 brasileiros (40%) o avaliam como ótimo ou bom. Na outra ponta, 28% classificam o governo como ruim ou péssimo e outros 27% fazem uma avaliação regular das primeiras semanas da nova administração.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 14 de fevereiro, com 2.000 pessoas nas cinco regiões do País. Esta edição do Radar Febraban mapeia as expectativas iniciais dos brasileiros sobre este ano, tanto em relação à vida pessoal, quanto em relação à política e à economia do País. A pesquisa também tem uma versão regional, com as opiniões de cada uma das cinco Regiões brasileiras.
“Primeira realizada após a posse do novo governo, esta onda do Radar acontece em meio aos desdobramentos do 8 de janeiro, aos debates acerca da política fiscal e monetária e às perspectivas quanto à retomada do crescimento econômico, da geração de empregos e expectativas de arrefecimento da inflação”, diz o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
Com relação ao dinheiro que sobra no orçamento, 38% pretendem investir na compra de imóvel, consolidando a tendência verificada desde setembro de 2021. Em segundo lugar, aparece a aplicação em outros investimentos bancários fora a poupança (20%). Empatadas em terceiro lugar, com 19% das menções, surgem a poupança e a reforma da casa.
Cerca de um terço dos brasileiros já foram vítimas de golpes ou tentativas de golpes. Segue estável a proporção de brasileiros que relatam ter sido vítimas de golpes ou tentativas de golpes (31%, contra 30% em dezembro).
O golpe de clonagem ou troca de cartões continua sendo o mais frequente: 48%. Já a situação em que alguém se faz passar por um conhecido solicitando dinheiro por WhatsApp tem 26% das menções.
O terceiro golpe mais citado é o da central falsa em que alguém pede seus dados por telefone: 25%.
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