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Mãe de Ribeirão Pires promove campanha por cirurgia do filho no exterior

Menino de nove anos tem doença rara que afeta fêmur e quadril; família precisa de R$ 70 mil

Beatriz Mirelle
14/02/2023 | 06:09
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Procedimento foi desmarcado por falta de dinheiro; arrecadações começaram em novembro (Foto: André Henriques/DGABC)


De oito meses para cá, a rotina de João Pedro Silva Pereira, 9 anos, mudou completamente após o diagnóstico de Legg-Calvé-Perthes, doença rara que causa insuficiência no envio de sangue para o fêmur. Em pouco tempo, ele precisou de cadeira de rodas e agora espera cirurgia para voltar a andar.

Sem médicos especialistas no Brasil, Alda Pereira, 43, mãe de Pedro, iniciou uma vaquinha on-line para arrecadar R$ 70 mil e ajudá-los a ir para Portugal, onde o procedimento de revascularização, que cria novos formas de irrigação do sangue para o fêmur, será feito. “É uma doença pouco conhecida. Não sabem o porquê da falta de sangue. O fêmur do meu filho já necrosou. Quanto mais ele demora para fazer a cirurgia, menor a eficácia”, detalha Alda. “Conheci outras mães que enfrentam a mesma situação e, assim, soube desse médico que estuda sobre a Doença de Perthes".

A família de João Pedro pertence ao povo indígena Pataxó, residente no Bairro Santa Luzia, em Ribeirão Pires. Já a cirurgia será feita por Nuno Craveiro Lopes, diretor do Hospital Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa. Ela estava programada para 17 de janeiro, mas foi desmarcada porque Alda não conseguiu arrecadar todo o valor que corresponde aos custos médicos, passagens, hospedagens e alimentação durante uma semana em Portugal. “Em janeiro, levei meu filho ao Hospital das Clínicas e falaram que não poderiam fazer nada. O doutor Nuno realiza uma cirurgia chamada revascularização por tunelização cervino-cefálica. Depois do procedimento, as mães que conheço falaram que os filhos voltaram a andar em cerca de nove meses”, explica.

De acordo com Alda, João Pedro tem inchaços e os pés dele estão entortando para fora. “Eu, ele e uma tia dele iremos na viagem. Não consigo ir sozinha. São 10 horas de voo e não dá para viajar para outro país apenas nós dois.”

João Pedro já possui os encaminhamentos para a cirurgia. Enquanto o procedimento não acontece, Alda também não consegue trabalhar. “Ele depende de mim para tudo. Antes, fazia alguns bicos vendendo comida, mas agora não dá para conciliar. O único que trabalha em casa é meu marido, como porteiro.”

As doações podem ser feitas pelo link https://www.vakinha.com.br/3315695 ou pela chave-Pix 28233211877. Até o momento, a família arrecadou R$ 11 mil.




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