Setecidades Titulo Ligação com o litoral
Pelo segundo ano, Ecovias arrecada mais de R$ 1 bilhão com pedágios

Tarifa de R$33,80, a mais cara do Brasil, sofreu reajuste de 10% em dezembro de 2022; concessionária tem 15 obras atrasadas

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
05/02/2023 | 09:32
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Claudinei Plaza/DGABC


A concessionária Ecovias arrecadou pelo segundo ano consecutivo mais de R$ 1 bilhão com pedágios, segundo dados do Painel de Concessões de Rodovias, do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A tarifa de R$ 33,80, paga pelo usuário, é a mais cara do Brasil e teve reajuste de 10% em dezembro do ano passado. A empresa é responsável pela operação do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) que conecta os municípios do Grande ABC à Baixada Santista.

O valor de R$ 1,1 bilhão – arrecadado no período de maio de 2021 até maio do ano passado – é o maior já registrado desde o início da concessão pelo Estado, em 1998. Mesmo durante a pandemia da Covid-19, em 2020/2021, a concessionária recebeu R$ 1,03 bilhão em tarifas de pedágios nas rodovias Anchieta, dos Imigrantes, Padre Manoel da Nóbrega, dos km 270 ao km 292 (Praia Grande), e Cônego Domênico Rangoni que compõem o sistema. O fluxo de veículos pelas rodovias do SAI, nos trechos administrados pela Ecovias, se manteve estável nos últimos dez anos. 

Em 2011/2012, foram 56,5 milhões em doze meses. Já em 2021/2022, dez anos depois, este número cresceu 5% e chegou a 59,3 milhões veículos no ano. 

O pico de circulação de veículos ocorreu em 2015/2016, quando passaram pelas estradas 64,6 milhões veículos – no mesmo ano, a Ecovias arrecadou em tarifas de pedágios o valor de R$ 920 milhões. 

Mesmo com os altos valores recebidos durante o último ano, a Ecovias está com 15 obras atrasadas, segundo informações do TCE. As construções são de responsabilidade da concessionária e estão previstas no cronograma físico-financeiro do contrato. “As justificativas para paralisações e atrasos são tratadas em processos internos instaurados pela Artesp”, destaca o Painel de Concessões de Rodovias.

Procurada pelo Diário, a Ecovias não informou quais obras devem ser realizadas, o prazo para retomada das construções e nem o porquê de estarem paralisadas.

O Painel do TCE foi criado para qualquer pessoa acessar com facilidade os dados de contratos de concessão de rodovias. “O cidadão terá acesso aos principais dados dos contratos, tais como valor e vigência dos ajustes; investimentos previstos e realizados; quantidade de obras paralisadas ou atrasadas; extensão dos trechos concedidos; municípios pelos quais passam as estradas; quantidade de postos de pedágios; e processos de fiscalização instaurados pelo TCE”, diz o tribunal. O painel será atualizado todo ano. </CW>




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