A defasagem entre os preços internacionais do petróleo e os preços praticados no País é de cerca de 30%, conforme calculou o economista da LCA Consultores Raphael Castro.

Ele levou em conta a cotação, que oscila perto de US$ 135 o barril em Nova York, e o valor por ocasião do último reajuste, em US$ 100 o barril e o câmbio em R$ 1,65. "É (uma defasagem ) bem grande", avalia.

Ainda assim, ele não espera reajuste tão cedo. "Há incerteza com relação à evolução dos preços (do petróleo)", cita, explicando que a Petrobras tende a esperar a acomodação dos preços nos mercados internacionais para reavaliar os preços domésticos.

"A Petrobras não trabalha com dados de curto prazo." Na última sexta-feira, o contrato de petróleo para julho disparou US$ 10,75 e fechou a US$ 138,54 por barril, depois de estabelecer nova máxima em US$ 139,12 por barril.

O economista já vê sinais de pressão dos preços internacionais sobre a economia doméstica. "Ná indústria já tem pressão", diz, citando o óleo combustível e o querosene industrial, o que, em sua visão, foi evidenciado no IPA industrial.

Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), os preços dos produtos industriais no atacado aumentaram 2,13% em maio, ante elevação de 1,77% em abril.