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Paz e justiça social
Da Redação
28/01/2023 | 07:10
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As sete cidades estão inseguras. Como nunca estiveram. Quem atesta a sentença é o próprio governo estadual. Os mais atualizados indicadores de criminalidade traçam cenário preocupante. Homicídios, estupros, roubo, furto de veículos e outros itens. Os números crescem vertiginosamente de um ano a outro. Como reflexo, a sociedade se intimida. Não adianta dizer que São Paulo segue sendo o Estado mais seguro se o cidadão tem sensação diferente, praticamente oposta. Recentemente empossado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já começa a ter ideia da complexidade do tema, a exigir trabalho árduo para que as razões da violência sejam compreendidas e, então, combatidas.

Como conviver com a informação de que homicídios dolosos subiram 52% quando se comparam os 12 meses de 2022 com os de 2021? Trata-se de dado absurdamente terrível, indigno de países ditos civilizados. Cento e cinquenta e cinco pessoas foram assassinadas nas sete cidades em episódios intencionais no intervalo de um ano! Cruel. Mas o quadro é muito pior. Houve também 607 casos de estupro no mesmo período na região, o que dá, em média, mais do que um por dia. Isso para não falar em roubos e furtos, cuja quantidade pode ser ainda maior, já que boa parte das vítimas está tão descrente no sistema judicial que sequer procura a delegacia para registrar a denúncia. Chega!

O povo paulista, e mais particularmente o do Grande ABC, precisa perder o medo de sair de casa. É necessário restabelecer a tranquilidade urgentemente. O Estado tem de encontrar maneiras eficientes de derrubar os indicadores criminais. Com inteligência e sensibilidade. É preciso buscar bons exemplos, inclusive internacionalmente, e estar disposto a quebrar paradigmas. Como fizeram – pioneira e acertadamente – os países que venceram a violência garantindo mais dignidade às pessoas. Quase sempre ambientes pacíficos e seguros estão associados à justiça social. Trocando em miúdos: é preciso equipar e capacitar as polícias, mas sem deixar de garantir educação, saúde e emprego à população.




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