A GM (General Motors) iniciou neste ano o processo de produção comercial da Nova Montana na sua fábrica de São Caetano. A chegada do modelo faz parte do atual ciclo de investimentos da montadora, estimado em R$ 10 bilhões. A expectativa é de que esse valor seja injetado ao longo desta década nas operaçoes da empresa no país. 

Para receber o modelo, a planta da GM no Grande ABC passou por um processo de atualização. Na prática, essa medida foi tomada também para suprir a demanda interna. Em outubro passado, a GM transferiu parte da fabricação do SUV Tracker para a unidade de Santa-Fé, na Argentina como forma de dividir a produção, antes feita somente em São Caetano.

Ainda nesse processo, a montadora tranferiu a produção do Onix Joy da unidade de São Caetano para Bogotá, na Colômbia. A medida acarretou em 20 demissões, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos local, naquela época.

Em relação à nova produção, a expectativa é de que as primeiras unidades comecem a chegar às concessionárias Chevrolet de todo país a partir de de fevereiro.

Antes disso, as picapes produzidas na fábrica de São Caetano serão destinadas aos consumidores que já adquiriram o produto em uma ação especial promovida no fim do ano passado, informou a montadora. Essa iniciativa resultou num lote de 2 mil unidades.

“Além do lote inaugural ter sido adquirido logo na fase de pré-venda, temos outros milhares de pedidos registrados na rede Chevrolet. Vamos trabalhar em ritmo acelerado para conseguir atender a todos no menor tempo possível”, explica Kleusner Lopes, diretor de vendas nacional da GM.

Para a montagem do novo modelo, a fábrica de São Caetano precisou elevar o nível tecnológico dentro do conceito da indústria 4.0. As atualizações agregaram ainda mais qualidade, produtividade e eficiência. As obras para receber a Nova Montana levaram mais de um ano para ficarem prontas e foram executadas em etapas, com intuito de evitar prolongadas interrupções. Além da Montana, essa linha de produção já montava o Tracker e o Spin.

A fábrica recebeu 4 mil m² de novas instalações, o que possibilitou uma readequação completa do fluxo fabril, que tem cerca de 4 km, Ao longo dessa extensão, operam 274 novos robôs para elevar o nível de automação e a segurança dos operadores.

Além disso, foi instalada uma espécie de scanner no fim da linha que faz a conferência da montagem da carroceria usando um protocolo de inteligência artificial.

A principal novidade, porém, foi a instalação da mais rápida prensa da GM nas Américas. Apenas esta máquina ocupa quase um quarteirão. São 96 metros de comprimento, por 12 metros de largura e 18 metros de altura.

A nova prensa tem capacidade para estampar até 30 mil peças ao dia, como capô, para-lamas, portas e tampa traseira. Este volume representa duas vezes mais do que modelos tradicionais de geração anterior, consumindo metade da energia elétrica.