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Bombeiros orientam sobre armazenamento do leite materno
Do Diário do Grande ABC
27/04/1999 | 15:48
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O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro vai atuar com os bancos de leite humano na orientaçao às maes sobre como coletar e armazenar o produto. A experiência começou há quatro anos em Brasília e está dando certo em Brasília. Os bombeiros farao cursos de treinamento no Instituto Fernandes Filgueiras (IFF), uma das unidades hospitalares da Fundaçao Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"Com os resultados positivos da prevençao a incêndios (que resultaram na reduçao de casos) , o perfil de atuaçao dos bombeiros mudou e esta pode ser uma nova funçao", disse o médico Franz Novak, do banco de leite do IFF.

De acordo com Novak, falta leite humano nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) Neo-natais embora cerca de 30% das mulheres têm mais do que o necessário para a amamentaçao de seus filhos."Muitas vezes as mulheres massageiam o seio para tirar o excedente e o jogam fora por nao saber como armazenar o produto.", diz ele."Como a mae de leite é uma instituiçao proibida, devido ao perigo de contaminaçao pelo vírus da aids, muito do produto se perde por falta de orientaçao e de contato com os bancos de leite."

Armazenamento - Antes de utilizado, o leite humano é pasteurizado e congelado, para evitar o perigo por contaminaçao por vírus ou a reduçao de seu valor nutricional. Após a pasteurizaçao a validade do leite humano é seis meses, mas a mae pode armazená-lo, sem tratamento no congelador por até 15 dias. De acordo com Novak, o banco vai buscar o leite humano em qualquer hora e lugar.

O leite humano é usado nas UTIs pré-natais, pois a musculatura do bebê prematuro nao consegue sugar o leite materno. Crianças operadas do intestino também precisam do leite humano, o único produto que ajuda a reconstituir o tecido do local.

Há no Brasil 109 bancos de leite humano, 30 deles em Sao Paulo, a única cidade onde o número se aproxima do ideal. Novak diz que os bancos trabalham sem uma coordenaçao e, por isso, nao se sabe nem quantos litros sao distribuídos por ano. "Só em Brasília há uma organizaçao maior, pois os nove bancos de lá sao administrados pelo governo do Distrito Federal", informa. "Lá sao distribuídos 18 mil litros por ano, enquanto em todo país calcula-se que a quantidade chegue a 70 mil."

O médico informa que um banco custa muito pouco, é necessário um freezer comum, a máquina de pasteurizar e pagar a conta de luz. "No caso do IFF a conta de luz nunca passou de R$ 40,00 por mês uma produçao anual de 1,5 mil litros."




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