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São Caetano já combate enchente
Elaine Granconato
Da Sucursal de São Caetano
08/07/2001 | 19:30
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A Prefeitura de São Caetano, por meio do DAE (Departamento de Água e Esgoto), deu início ao seu plano de ações para combater as enchentes na cidade, hoje o principal problema que atinge nove bairros e uma grande parcela da população. A idéia é criar um Plano Diretor de Drenagem Urbana, a partir de um mapeamento, detalhado e minucioso, de toda a galeria de águas pluviais e de suas singularidades, como bocas-de-lobo, caixas de passagem e poços de visitas espalhados pela cidade, para elaboração de um projeto integrado entre os 15 bairros do município.

Contudo, faltam alguns detalhes técnicos para a concretização da idéia. Para o levantamento dos dados, e, conseqüentemente, a criação do projeto, de acordo com o engenheiro Denis Striani, chefe da Divisão Técnica do DAE, levaria-se um tempo aproximado de oito meses para sua elaboração, a partir do início. “Só posso adiantar que o plano faz parte da meta da atual administração”, afirmou.

Striani disse que uma das maiores carências de infra-estrutura urbana em São Caetano é a microdrenagem, mais conhecida como galerias de águas pluviais. “As que existem hoje na cidade são insuficientes. São Caetano possui apenas um quarto da sua real necessidade”, afirmou o engenheiro do DAE. Portanto, o projeto prevê a integração das galerias por bairros da cidade. “A macrodrenagem fica por conta do Estado, que, por sua vez, integraria os municípios da região”, completou.

Piscinões – Ainda de acordo com o engenheiro, as prefeituras têm a obrigação de conservar e de fazer a manutenção das galerias. Por outro lado, cabe ao Estado manter os piscinões – o Grande ABC possui seis em operação – limpos e livres do processo de sedimentação. “Tais reservatórios necessitam de um programa permanente e dispendioso de manutenção para garantir suas funções hidráulicas de concepção”, disse.

No entanto, o técnico, que não vê o piscinão como a melhor opção contra enchentes, afirmou, mais uma vez, que São Caetano não dispõe de áreas, principalmente pelo fato de o município ter apenas 15,4 km² de território e praticamente todo ocupado. “O piscinão construído em uma área vizinha, como São Paulo, tem o mesmo efeito hidráulico”, garantiu, sem, contudo, lembrar o custo oneroso para sua manutenção.




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