"Nossa queixa tem como base as Convenções de Genebra e a das Nações Unidas sobre a Prevenção da Tortura, que permitem levar os responsáveis por sevícias à justiça", declarou a advogada do tribunal de Izmir, na Turquia, Hulya Ucpinar, que também é ativista do WTI (Tribunal Mundial para o Iraque).

O WTI, sem poder judicial real, foi fundado em outubro de 2003 em Istambul por pessoas de diversas nacionalidades que se opunham à guerra no Iraque com o objetivo de sensibilizar a opinião pública sobre os "crimes cometidos pelo governo americano" no país.

O Tribunal, que já realizou audiências simbólicas em Bruxelas, Nova York e Berlim, tornará público seu veredicto no dia 20 de março de 2005 em Istambul.

Os militantes foram recebidos nesta sexta-feira por um promotor verdadeiro, que aceitou registrar a queixa. Os pacifistas também pedem a detenção dos dois líderes assim que desembarcarem em Istambul, onde participarão com outros 44 chefes de Estado e de governo da reunião de cúpula da OTAN.

Há vários meses, as manifestações e encontros se multiplicam nesta metrópole, de 12 milhões de habitantes, contra a chegada de Bush e Blair e contra a realização da reunião de cúpula.

Uma grande manifestação, da qual deverão participar dezenas de milhares de militantes, está prevista para este domingo.