Setecidades Titulo Memória
II Congresso de História. O Grande ABC semeou placas. Percorreu o Caminho do Mar urbano. As inscrições desapareceram. Mas sua história permanece.

No mês que antecede o 15º Congresso de História do Grande ABC, retornemos a 1992 e a uma ação que marcou definitivamente o II Congresso de História do Grande ABC

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
14/10/2022 | 00:06
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Foram seis placas separadas por quilômetros entre o Distrito de Riacho Grande e a bifurcação das Estradas das Lágrimas e do Vergueiro.

Quatro inscrições foram redigidas pelo professor José de Souza Martins e duas por esta página Memória.

Não foi citado o nome do historiador francês Pierre Nora, que naquele mesmo ano concluía a publicação dos seus estudos sobre o “Lugar da Memória”.

Em São Paulo, o professor Júlio Abe Wakahara divulgava os primeiros passos do projeto “Museu na Rua”, defendendo a ideia de levar história e memória de encontro às pessoas nas praças públicas.

Esta página “Memória” participou de uma exposição com Júlio Abe em São Bernardo, ouvindo seus conceitos. O principal: não importa se as exposições de rua desaparecerão com o passar do tempo, o importante é que elas sejam feitas.

E o II Congresso de História do Grande ABC inaugurou aquelas seis placas que, de fato, desapareceram, caíram de podre nos seis pontos do antigo Caminho do Mar onde foram inauguradas e não foram repostas.

“Memória” guardou as fotos de cada inauguração, que foram aqui publicadas 30 anos atrás. Chegou o momento de reproduzi-las, já que a grande maioria dos prováveis participantes do 15º Congresso de História eram adolescentes, crianças, talvez nem tenham nascido em 1992, mas que têm o direito de saber o que se fez naquele Congresso.

E como disse o professor Martins na entrevista concedida ao DGABC TV, que o 15º Congresso também se preocupe com os “Lugares da Memória”, levando a História que se ensina nas escolas, que ilustra museus e salas culturais, que jazem nas chamadas reservas técnicas, de encontro ao povo.

ILUSTRAÇÃO

Esta foto permanecia inédita. A única colorida a que “Memória” teve acesso sobre as placas de 1992. Foi tirada pelo nosso irmão, José Roberto Medice, então presidente do Clube do Fordinho, que participou ativamente do II Congresso de História do Grande ABC.

Entre os fotografados está o professor José de Souza Martins, o idealizador dos Congressos de História. 

E aos organizadores do 15º Congresso de História do Grande ABC, Santo André 2022, ouçam novamente a entrevista que “Memória” fez com o professor Martins e debatam a possibilidade de novos “Lugares da Memória” serem inseridos na pauta do Congresso, quem sabe com a inauguração do marco onde Dom Pedro proclamou a Independência, bem aqui, entre São Caetano e São Bernardo, a meio passo de Santo André e Diadema, não muito distante da linha Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Paranapiacaba.

Mano Zezinho, venha participar.

DIZERES

E o que está escrito na placa de hoje? É tempo de relembrar. E pedir à Prefeitura de São Bernardo que recupere as seis placas inauguradas em 1992. “Memória” vai relembrar todas nas próximas edições. Acompanhem.

PEDRA E FERRO – O selo ao alto refere-se ao brasão inaugurado em Santo André em 7 de setembro de 1922 por ocasião do Centenário da Independência. Este marco resiste e sobrevive em praça pública, na Vila Assunção, sujeita a intempéries e à ação de vândalos.

Um século depois, o Grande ABC não teria condições de elaborar e produzir marcas como esta, tão duradouras como?

Crédito da foto 1 – José Roberto Medice

ERA 1992. Participantes do II Congresso de História do Grande ABC diante da primeira placa inaugurada naquele ano. Entre eles, descubram o professor Martins

NAS ONDAS DO RÁDIO

Grande ABC e Você

No Dia do Professor (15 de outubro), o reconhecimento à sua contribuição para a nossa formação. Uma lembrança do passado e o retorno ao presente.

Em 18 de outubro, o Dia do Médico e o Dia de São Lucas. Gratidão eterna aos profissionais que dignificam sua profissão salvando vidas.

Produção e apresentação: José Carlos Pereira, que fez história na Publicidade do Diário. Consultora musical: Marilza Cunha Pereira. Amanhã, sábado, das 7h às 8h (pelo aplicativo ou site da rádio) e, a partir das 7h20, pela própria emissora, após o horário político obrigatório.

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO

Sexta-feira, 14 de outubro de 1972 – ano XV, edição 1971

MANCHETE – Famílias do ABC vão colonizar a Amazônia.

Na próxima terça-feira (17-10-1972) seguirão para a Amazônia mais 200 pessoas selecionadas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), dentro do programa de integração nacional.

Várias famílias são de Santo André, São Bernardo e São Caetano.

ESPECIAL – O amor mantém unida a maior família do País. A história de Matheu Demarchi e Maria Servidei, uma família com 472 membros. Segunda reportagem especial deste repórter publicada no Diário.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Quarta-feira, 14 de outubro de 1992 – ano 34, edição 8204

MANCHETE – Morre Dr. Ulysses, símbolo da democracia.

Helicóptero em que viajava o Senhor Diretas cai no mar, na divisa do Rio e São Paulo.

No acidente morrem também o ex-senador Severo Gomes, sua esposa, a esposa de Ulysses Guimarães e o piloto.

HOJE

  • Dia Nacional do Meteorologista. Lembra a lei nº 6835, de 14-10-1980, que regulamentou a profissional. 

Anteriormente a data era comemorada em 3 de março

  • Dia Nacional da Pecuária

SANTOS DO DIA

  • Calixto I. Papa. Martirizado no ano 222.
  • Fortunata: Maria Fortunata de Cesaréia.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Estado de São Paulo, hoje é o aniversário de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Elevado a município em 1953, quando se separa de Poá.

Pelo Brasil: Amorinópolis, Piranhas e São Domingos (GO), Ananás, Axixá do Tocantins e Sítio Novo de Tocantins (TO), Guaíba (RS) e Montadas (PB).

EM 14 DE OUTUBRO DE...

1952 - Criação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).




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