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Ribeirão Pires implantará Centro Histórico Literário

Projeto da Prefeitura prevê adequação de espaço que abriga Museu Municipal para receber acervo de livros da cidade

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
02/10/2022 | 00:01
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Divulgação/Alexandre Henrique


A Estância Turística de Ribeirão Pires está prestes a implantar um Centro Histórico Literário. O prédio que hoje é sede do Centro de Exposições e História Ricardo Nardelli, situado ao lado da Prefeitura, deverá ser adaptado para abrigar, até o fim deste ano, três diferentes tipos de acervos de livros da cidade, inclusive os quase 35 mil títulos da Biblioteca Municipal Olavo Bilac.

A Secretaria de Turismo ribeirão-pirense projeta que esta será área dedicada à arte da escrita e à leitura. A iniciativa é mais um dos desdobramentos da 1ª Flirp (Feira Literária de Ribeirão Pires), promovida nos dias 24 e 25 de setembro, na região central da cidade. 

O evento, apoiado pelo Diário, reuniu diferentes linguagens culturais em torno do livro, com a presença, entre outros convidados, de imortais da literatura nacional – Ignácio de Loyola Brandão e Antônio Carlos Secchin. 

O Centro Histórico abrigará, além do acervo da Biblioteca Olavo Bilac, seções temáticas. Está prevista a criação da Biblioteca de Artes Oswald de Andrade, em homenagem ao modernista que viveu nos anos de 1950 em Ribeirão Pires. Este acervo será voltado a títulos sobre teatro, dança, música, ao folclore, cultura popular, entre outros assuntos. 

Outra novidade deverá ser a implantação da Biblioteca de Patrimônio Roberto Botacin, dedicada aos livros sobre a história do município. O CDH (Centro de Documentação e História), que já está instalado no prédio, será mantido no local. 

“A ideia de criar o Centro Histórico Literário é transformar a Flirp em uma ação perene na cidade. Primeiro pela valorização da literatura em âmbito municipal, que nunca teve política pública específica. E também como forma de reconhecer a literatura como setor criativo, integrado a outras linguagens artísticas, atrelada à pesquisa histórica”, explicou o historiador e diretor de Patrimônio Histórico de Ribeirão Pires, Marcílio Duarte.

ESPAÇO LITERÁRIO

Mais do que estabelecer estrutura centralizada para os acervos de livros do município, o novo projeto da Prefeitura prevê a criação do Espaço Flirp. O Centro Histórico Literário deverá ter áreas reservadas a coworking literário, para acolher escritores em seu processo de produção de contos, poesias, entre outros gêneros, e salas para oficinas, entre as quais sobre escrita criativa, e para receber atividades do Clube de Leitura da cidade. 

O prédio que deverá abrigar o novo Centro Histórico Literário Ricardo Nardelli é atualmente sede do Museu Municipal Família Pires. Para dar espaço à nova proposta, o acervo tridimensional será transferido para outra área da cidade. A Prefeitura avalia qual será o novo endereço do Museu. Entre as possibilidades está área próxima à Emarp (Escola Municipal de Artes de Ribeirão Pires). 

LEGADO DA 1ª FLIRP

Com público estimado de 18 mil visitantes, a Feira Literária de Ribeirão Pires celebrou, em sua primeira edição, a cultura nacional, com programação voltada à Semana de Arte Moderna de 1922 e homenagens a um de seus idealizadores, o escritor Oswald de Andrade. 

A filha do modernista, Marília de Andrade, doou ao acervo municipal, durante a Flirp, coleção de livros do pai, as Obras Completas de Oswald de Andrade, da Editora Globo. Os títulos foram editados a partir dos anos 90 até 2015, com revisão dos professores Jorge Schwartz e Gênese Andrade, da USP (Universidade de São Paulo).




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