Economia Titulo DECLÍNIO
Metalúrgicas lideram declínio industrial da região na década

Segmento respondeu por 41,9% das 1.787 fábricas que deixaram de funcionar no Grande ABC de 2011 a 2020, segundo informações do IBGE

Beatriz Mirelle
Especial para o Diário
23/07/2022 | 09:07
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André Henrique


O Grande ABC fechou 1.787 empresas entre 2011 e 2020, sendo o setor de metalurgia o mais afetado, com 41,9% dos casos. São Bernardo liderou e correspondeu a 15,6% das perdas da região.

Os dados foram concedidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a pedido do Diário e indicam que, em uma média mensal, 15 unidades encerraram as atividades. Após metalurgia, as áreas mais afetadas foram as indústrias de transformação (34.9%), a fabricação de máquinas e equipamentos (20,7%) e a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%).

São Bernardo acumulava 2.184 empresas em 2011 e encerrou 2020 com 1.904, registrando 280 organizações a menos. Logo em seguida estão Diadema, com 279 perdas, e São Caetano, com 101. Ribeirão Pires foi a única com saldo positivo, somando mais cinco indústrias de transformação.

FUNCIONÁRIOS

Durante o intervalo entre 2011 e 2020, as indústrias de transformação foram as que mais diminuíram o quadro de funcionários. A o todo, foram 209.189 empregos perdidos no Grande ABC, sendo 66% nesta área. Mauá foi a única cidade que aumentou o número de trabalhadores em um segmento.

Nela, o setor de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias gerou 485 novos empregos, alta de 13,1%.

MONTADORA

O segmento de automotores, reboques e carrocerias perdeu 43 unidades e 52.755 funcionários no Grande ABC. Em número de empregos, simbolizou 25.2% das reduções até o primeiro ano de pandemia do novo coronavírus.

Nos últimos anos, o destaque negativo foi a saída da Ford de São Bernardo em 2019. A planta localizada no bairro Taboão há mais de cinco décadas tinha 2.800 funcionários e foi vendida por R$ 550 milhões. 




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