Setecidades Titulo TERAPIA URBANA
População ganha saúde com hortas comunitárias

Região possui 80 espaços públicos que são destinados ao plantio e colheita de hortaliças, frutas e legumes

Thainá Lana
27/06/2022 | 07:39
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Celso Luiz/DGABC

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Alimentação saudável, renda extra, economia no mercado, sociabilidade e atividade terapêutica. Esses são alguns dos benefícios que as hortas comunitárias podem trazer para os moradores, segundo opinião dos próprios frequentadores. No Grande ABC, as prefeituras mantêm 81 hortas coletivas distribuídas em bairros, escolas, centros de convivência, entre outros locais públicos.

O número de espaços de plantio e colheita pode ser ainda maior se contabilizar as hortas coletivas que são criadas e mantidas pelas próprias comunidades.

As hortaliças, temperos, frutas e verduras desses locais beneficiam 3.626 famílias, seja para consumo próprio ou pela venda dos alimentos. Diadema concentra mais da metade das hortas existentes na região, com 42 no total. (Veja distribuição de hortas por cidade na tabela acima).

A manutenção desses espaços é realizada por diferentes públicos. Em Rio Grande da Serra, por exemplo, as duas hortas da cidade estão localizadas em Emebs (Escolas de Educação Básica) e a previsão é que até o fim de julho as dez unidades da cidade sejam contempladas com a iniciativa. As hortas coletivas são abertas aos pais de alunos e moradores dos bairros onde estão localizadas as instituições de ensino.

São Caetano utiliza o projeto de hortaterapia no auxílio à recuperação de idosos. Em Santo André, a previsão é que a primeira horta comunitária da cidade seja inaugurada no próximo mês no Jardim Cristiane e deverá beneficiar cerca de 40 famílias que residem no conjunto habitacional Jardim Cristiane.

A horta do Gazuza, uma das maiores de Diadema, possui quatro patamares e conta com 35 famílias cadastradas, que moram ao entorno e cuidam dos seus canteiros individuais. Antes da recuperação e revitalização, o terreno era constantemente alvo de descarte irregular de lixo e entulho, crimes ambientais que geravam gastos para a Prefeitura e diversos problemas aos moradores, como infestação de bichos nas casas.

“As hortas comunitárias possuem diversos pilares sociais, econômicos e ambientais. A administração pública diminui os gastos com limpeza de espaços abandonados e os moradores possuem alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, na porta de casa. A iniciativa tem crescido cada vez mais e a própria população está solicitando a ampliação desse serviço. Nossa expectativa é que até o fim do ano sejam implantadas mais cinco hortas na cidade”, explica Geraldo Antônio da Silva, secretário de Segurança Alimentar de Diadema.

Moradora há 30 anos do Jardim Gazuza, Terezinha de Jesus Castro, 67 anos, foi a primeira inscrita na horta do bairro e hoje ajuda a coordenar o espaço. A aposentada não consegue esconder o amor e o orgulho pelo local que ajuda a manter.

“Não imaginava que mexer com terra seria tão terapêutico. Passo horas cuidando do meu canteiro e o tempo que passo aqui (na horta) esqueço de todos os problemas, me concentro apenas na atividade. Passei a comer mais saudável, a ganhar um dinheiro extra com a venda das hortaliças e mantenho boas amizades com meus vizinhos. Plantar é um ato de amor que mudou minha vida”, conta a aposentada. 




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