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Veja como está a greve dos servidores pelo país
Do Diário OnLine
09/07/2003 | 13:54
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A greve dos servidores públicos federais, iniciada nessa terça em protesto contra a reforma previdenciária, continua nesta quarta, porém perdendo força em alguns Estados e ganhando adesão em outros. Os funcionários públicos reivindicam a retirada do Congresso da proposta de emenda constitucional que propõe mudanças na Previdência. Eles querem discutir pontos como a contribuição dos inativos e o aumento da idade mínima para a aposentadoria.

Cerca de 100 servidores públicos em greve realizam uma passeata no início da tarde desta quarta-feira em frente aos edifícios do Ministério da Agricultura e o de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, na Esplanada dos Ministérios. Os líderes do movimento, que fariam uma caminhada até o Congresso, cancelaram o protesto porque foram impedidos de entrar na Casa para conversar com parlamentares.

O comando nacional da greve se reúne na tarde desta quarta-feira para avaliar a paralisação nos Estados. Na terça, primeiro dia da greve, as lideranças do movimento calcularam que 40% a 45% dos funcionários da administração federal aderiram à greve.

Também em Brasília, os funcionários do Banco Central decidiram suspender a paralisação, em assembléia realizada na manhã desta quarta-feira, mas mantiveram o estado de greve. “Resolvemos voltar ao trabalho, mas vamos continuar atentos a movimentações até fazermos uma nova assembléia no próximo dia 15”, disse o sindicalista Enildo Amaral.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aderiu à paralisação. Segundo o presidente do sindicato, dos trabalhadores da CVM, Luiz Alberto Garcia, a adesão ao movimento chega a 90%. "Apenas os terceirizados, estagiários e pessoas com cargo de chefia estão trabalhando", afirmou Garcia. A paralisação está prevista para terminar na quinta-feira.

O Paraná é o único Estado no qual as delegacias sindicais da Receita Federal estão funcionando. Segundo a diretora do Unafisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a paralisação é de 90% a 100% dos servidores nos outros Estados.

No Ceará, representantes de 15 sindicatos de Trabalhadores do Serviço Público divulgaram que cerca de 500 servidores estão de braços cruzados desde esta terça. Pelos cálculos dos sindicalistas, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Receita Federal pararam totalmente. Os fazendários também cruzaram os braços. Na Justiça do Trabalho e no Banco Central a paralisação foi parcial.

Já no Sergipe, a greve começou nesta quarta, já que terça foi feriado no Estado. A Universidade Federal de SE está sem aula.

São Paulo - Como esta quarta é feriado no Estado de São Paulo (Revolução Constitucionalista), fica difícil saber as proporções da paralisação dos servidores. Nesta terça, a greve atingiu, principalmente, os funcionários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Cerca de 25% dos postos da capital estiveram fechados.

No ABC, funcionários da Receita Federal, Previdência Social e Secretaria Estadual da Fazenda no Grande ABC aderiram na terça-feira ao primeiro dia de greve. Apenas as agências da Previdência de Diadema e Mauá, e o posto avançado da Secretaria da Fazenda em São Bernardo, – que atendeu os casos de urgência –, abriram as portas ao público. As demais unidades dos órgãos permaneceram fechadas durante todo o dia.

Para quinta-feira está prevista uma assembléia dos auditores fiscais da Receita Federal para decidir se a greve continua ou não na próxima semana.




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