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Em um mês, quadruplica número de pessoas internadas pela Covid

No início de maio eram 73 acamados e agora já são 284; registro de novos casos da doença tem alta de 260,3% em uma semana

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
15/06/2022 | 00:01
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Eric Romero/Divulgação/PMSC

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O número de pacientes com Covid-19 internados no Grande ABC quadriplicou em apenas um mês. De acordo com dados da SP Covid Info Tracker, plataforma gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), que leva em consideração dados da pandemia disponibilizados pelo governo do Estado, por meio da Fundação Seade, na segunda-feira eram 284 pessoas acamadas, sendo 118 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), número 289% maior do que os 73 internados em 13 de maio – 41 em leitos de emergência.

Apesar de bastante preocupante, os atuais 284 internados representam 31,5% dos 900 que estavam acamados no dia 26 de janeiro, maior marca registrada em 2022. No pico da pandemia, em 26 de março de 2021, as cidades do Grande ABC tiveram 2.920 pessoas infectadas pelo coronavírus nos hospitais públicos e privados.

De acordo com José Ribamar Branco, infectologista e fundador do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), a ausência da máscara e a falta das doses da vacina em alguns grupos específicos são as principais causas do aumento no número de internados. O especialista acredita que o surgimento de subvariantes da ômicron também tem contribuído para cenário mais preocupante. 

“Como a sociedade determinou que a pandemia acabou as pessoas não estão mais usando máscara. As subvariantes da ômicron, a B.2, B.3, B.4 e B5 são muito mais transmissíveis. Se tiver uma pessoa contaminada no local ela passa para quase todo mundo. Principalmente se o infectado não estiver usando máscara. O que é importante é que as pessoas tomem as três doses da vacina para se proteger, principalmente as pessoas do grupo de risco, que ainda têm a quarta dose à disposição. Isso diminui a hospitalização e os óbitos”, comentou. “O número de casos de internados tende a aumentar porque a taxa de transmissão está em 1,4, ou seja, 100 pessoas contaminadas passam o vírus para outras 140. A tendência é aumentar, principalmente nos grupos de risco, que são pessoas acima de 65 anos e os negacionistas, aqueles indivíduos que não tomaram nenhuma dose da vacina”, acrescentou.

BALANÇO

Os boletins epidemiológicos das prefeituras mostram que também subiu bastante o número de pessoas infectadas e de mortes em razão da Covid. Nos últimos sete dias, as cidades da região acumularam 10.068 novos casos de coronavírus, contra 2.794 dos sete dias imediatamente anteriores, ou seja, alta de 260,3%. O número de vítimas fatais também aumentou. Foram 27 nos últimos sete dias, contra 23 no período anterior, alta de 17,4%.

Em relação a vacinação, levando em consideração apenas os moradores do Grande ABC com 5 anos ou mais, que é a faixa etária que pode ser imunizada de acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunização), 96,8% já receberam a primeira dose e 91,1% estão com o esquema vacinal completo. Já a terceira dose foi aplicada em 68,5% desta faixa etária.




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