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Igrejas do Grande ABC promovem programação especial a Santo Antônio

Missas, bençãos, bolo casamenteiro, pão abençoado e quermesses marcam festa religiosa, que ficou interrompida por dois anos por causa da pandemia

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
14/06/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Nem a baixa temperatura registrada ontem na região impediu a presença de fiéis nas paróquias para celebrar o Dia de Santo Antônio, um dos mais populares da Igreja Católica. A tradicional festa, que ficou suspensa dois anos devido à pandemia, retomou com série de ações, como missas, distribuição gratuita de pão abençoado, bençãos aos devotos, além das quermesses com comidas e bebidas típicas de festa junina.

A Igreja Santo Antônio, na Vila Guiomar, em Santo André, recebeu grande público, inclusive o vice-prefeito, Luiz Zacarias (PL), e o seu filho, o vereador Lucas Zacarias (PTB). Somente na paróquia foram celebradas sete missas, sendo que a cerimônia das 15h foi presidida pelo bispo diocesano de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini. Do lado de fora da igreja, tenda com três freis realizaram bençãos aos fiéis.

Segundo estimativa de voluntários que trabalhavam na quermesse, instalada em frente ao templo religioso, a festa distribuiu mais de 50 mil pães, que foram abençoados por padres da paróquia. No início da tarde, a equipe se surpreendeu com a doação de um fiel que entregou 6.000 pães. Na tradição católica, o pão abençoado representa fartura para quem guardar com farinha ou arroz.

Outra grande tradição do dia é a venda do bolo de Santo Antônio, consumido por devotos que querem casar, encontrar parceiro, agradecer pelos milagres concedidos ou por devoção ao santo. Todos os 8.500 pedaços de bolo da paróquia Santo Antônio foram vendidos – alguns pedaços continha a medalinha com a imagem do religioso. Apesar da tradição de casamento, o frei Cláudio Moraes Messias explica que a festividade simboliza a caridade.

“A festa de Santo Antônio representa a solidariedade. A distribuição do pão abençoado é para não faltar o alimento de cada dia nos lares, principalmente neste momento difícil que estamos vivendo, onde muitas pessoas estão sem trabalho. Além da devoção, porque o santo é um dos mais queridos do mundo, a celebração é para ressaltar o lado caridoso e solidário do religioso”, pontuou o frei.

DEVOÇÃO FAMILIAR

O amor por Santo Antônio corre nas veias e no coração da família Silva, de Santo André. Voluntários há mais de 20 anos do evento, o casal Marcelo Antônio da Silva, 46 anos e Andreia Ramos da Fonte Silva, 41, frequentam desde pequenos a paróquia na Vila Guiomar, local onde se conheceram, casaram e hoje levam a filha Nathalia Ramos da Fonte Silva, 15, que comeu ontem pela primeira vez o bolo do religioso.

O casamento na igreja de Santo Antônio é tradição familiar. Os tios do voluntário Marcelo, Maria Lúcia Segalla, 73 e Osires Segalla, 81, e seus pais, Naide Macário da Silva, 66, e Valter Antônio da Silva, 66, que celebram hoje 40 anos de casados, também oficializaram a união no templo na Vila Guiomar. Até os nomes possuem ligação com o religioso, assim como Marcelo, seu irmão Fernando Antônio da Silva, 44, também carrega a homenagem. 

“Em dezembro do ano passado fui diagnosticado com câncer no pâncreas e no duodeno (órgão responsável pelo processo digestivo), toda minha família orou e pediu muito a interseção de Santo Antônio e ele realizou o milagre. Estou completamente curado!”, conta emocionado Marcelo, que levou a imagem do santo para fazer companhia durante os 33 dias que precisou ficar internado. Sua mulher, Andreia, complementa o episódio. “Nossa promessa é colocar nossa vida a serviço da Igreja e da comunidade. O milagre já foi feito e atribuímos a ele”.




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