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Sebrae reconhece despreparo das MPEs para competir fora
28/08/2003 | 23:26
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O Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) reconheceu que as MPEs (micro e pequenas empresas) do país não só estão despreparadas para competir com empresas estrangeiras diante de mais uma nova eventual abertura da economia como são frágeis até no mercado doméstico. Diante disso, o presidente da entidade, Silvano Gianni, afirmou que é necessário um tratamento diferenciado para o segmento em questões como a tributária, trabalhista, burocrática e custos de financiamento.

"Em outros países, as legislações para micro e pequenas empresas são diferentes", disse Gianni. O presidente do Sebrae agradeceu o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter entendido, até agora, o problema que aflige o setor e por ter incluído no texto da reforma tributária, já aprovada na Comissão da Câmara, uma emenda que permitirá dar tratamento diferenciado às MPEs.

Gianni disse que o Sebrae tem apoiado abertamente o avanço da reforma, a qual permitirá livrá-los da "escravidão burocrática e tributária". Para ele, assim que a nova legislação entrar em vigor, as micro e pequenas empresas estarão em melhores condições de competir em um mercado que é cada vez mais aberto. Gianni contou que o Sebrae já está contratando consultores e tributaristas que vão elaborar propostas para a lei complementar com base em experiências de outros países, como a Itália, onde existem, por exemplo, distritos industriais extremamente competitivos por causa do tratamento diferenciado dado ao setor em relação às grandes companhias e multinacionais. "Até agora, o Brasil não se preparou para competir. Os impostos em cascata são um verdadeiro tiro no pé", afirmou Gianni.

O presidente do Sebrae-São Paulo, Alencar Burti, que também exigiu mudanças urgentes na legislação em relação às micro e pequenas empresas, explicou que o setor não quer doações, mas condições melhores para poder competir quando a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) entrar em vigor.




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