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O asfalto do Grande ABC está manchado de sangue, como há muito não se via. Dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) mostram que ocorrências viárias mataram 18 pessoas na região em fevereiro. O número é 28,6% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando 14 pessoas perderam a vida em episódios similares, e o mais alto para o período desde 2016. Lamentável. É preciso, primeiro, buscar as razões deste aumento e, na sequência, propor políticas para controlar a violência em estradas, avenidas e ruas das sete cidades.
As mortes foram verificadas em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá. Sete dos óbitos ocorreram em decorrência de atropelamento, outros sete em colisão entre veículos, dois em choque contra muro e árvore e outros dois sem causa identificada. A desatenção de motoristas e pedestres é um dos fatores que, segundo especialista consultada pelo Diário, contribuem para os acidentes de trânsito. Em períodos de grande estresse emocional, como o atual, de pandemia, é natural, portanto, que a concentração de todos fique abalada.
O novo coronavírus, aliás, é apontado diretamente como responsável pela ampliação da letalidade nas vias. Entre os prestadores de serviços mais demandados durante os meses de distanciamento físico, especialmente para realizar entregas, os motociclistas foram as principais vítimas do trânsito. Dez deles morreram no Grande ABC em fevereiro. Número absurdamente alto e absolutamente inaceitável.
Alguns anos atrás, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC chamou para si a responsabilidade de diminuir a violência no asfalto, promovendo ampla campanha de conscientização, iniciativa que rendeu bons frutos. Infelizmente, pouco se faz atualmente no sentido de alertar motoristas, pilotos, ciclistas e pedestres sobre as regras de convivência no trânsito. Visto por este ângulo, o aumento dos números de mortes em acidentes envolvendo veículos não chega a ser uma surpresa. É preciso, todavia, dar um basta. E já!
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