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Região registra em 2021 alta de 60% no lançamento de imóveis

São Bernardo liderou, com 1.589 unidades, durante o último ano, Santo André ficou na segunda colocação e Diadema, na terceira

Beatriz Mirelle
Especial para o Diário
04/03/2022 | 08:23
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Claudinei Plaza/DGABC


Os lançamentos residenciais cresceram 60,4% entre janeiro e dezembro de 2021 nas cidades do Grande ABC, na comparação com o ano anterior. O salto foi de 1.709 unidades em 2020 para 2.741 no último ano, segundo pesquisa do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra e Vende e Administração de Imóveis), e Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), divulgadas pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). São Bernardo se destacou, com 1.578 novas moradias.

O número de ofertas subiu 14,5% no comparativo entre dezembros de 2020 e 2021 e o VSO (Vendas Sobre Número de Ofertas) cresceu 6,7%. Santo André participou com 590 lançamentos. Diadema teve 468 e São Caetano, 105. A pesquisa não divulgou dados específicos sobre Mauá e não contemplou Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

O perfil desses apartamentos é de dois dormitórios (80%) e 45 a 65 m² (42%). A faixa de preços mais procurada ficou entre R$ 240 mil e R$ 500 mil (59%). O mercado econômico teve retração em comparação a 2020, dando espaço para o de médio e alto padrão (73%). Para o presidente da Acigabc, Milton Bigucci Junior, esses dados se mantiveram na média histórica do Grande ABC.

As vendas de imóveis registraram queda de 9,1% em 2021 (2.466 unidades) em relação a 2020 (2.712 residências). Já as ofertas cresceram 14,5% entre dezembro de 2020 e 2021. Apesar da diminuição de comercialização, o VSO resultou em um saldo positivo ao mercado. “Houve alto índice de lançamentos porque sobrou muita coisa de 2020. Antes da pandemia, havia 2.176 ofertas de unidades. Em 2020, eram 1.047”, explica Bigucci Junior.

Em dezembro de 2021, 1.199 apartamentos foram disponibilizados. Desse total, 48% das ofertas estavam na planta, 47% em construção e 5% prontos.

De acordo com o presidente, os prédios corporativos serão os mais impactados, principalmente com o home office. “Geralmente, as empresas que retomaram as atividades presenciais estão com menos pessoas nas equipes. Há esquema de revezamento e muitos seguem trabalhando em casa. Ainda existe mercado para lajes corporativas, mas prédios com salas de trabalho e lançamentos nessa área continuarão sofrendo uma retração no Grande ABC e em todo o País.”

Bigucci comenta que o isolamento físico aumentou a procura por imóveis e a perspectiva é positiva para 2022. “As vendas foram boas, apesar da pandemia. Acreditamos que teremos mais oferta neste ano. Os juros bancários não aumentaram na mesma proporção que a Selic (taxa básica da economia, que subiu de 9,25% para 10,75% ao ano). Isso é bom. Apesar dos acréscimos, há otimismo, já que bancos também estão mais flexíveis no crédito imobiliário”, afirma. 




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