Sargento Simões diz que vai ter reunião com MP na próxima semana para falar do caso de Maria Emerich
Vereador de oposição em Mauá, Sargento Simões (Podemos) disse ontem que pretende se reunir na semana que vem com promotoria do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) para apresentar denúncia envolvendo a ouvidora da cidade, Maria Emerich Ferraz. Ela participou de ato político no fim do ano passado, atividade vedada pelo regimento da Ouvidoria Municipal.
Conforme o parlamentar, a data exata ainda não foi definida, já que o MP se encontra em recesso, mas o vereador confirmou que a reunião está marcada para a próxima semana, e que deverá se encontrar com promotor para formalizar os questionamentos que envolvem o caso.
“A ouvidora não está fazendo seu papel, ela só repassa aquilo que é bom para o governo, ou seja, aquilo que é criticado pelo munícipe e de frustrações ela simplesmente engaveta. Não é à toa que ela esteve no lançamento de pré-campanha do candidato a deputado estadual (secretário de Planejamento Urbano, do Verde e de Meio Ambiente) Rômulo Fernandes (PT). Sendo assim, ela é partidária”, declarou o vereador.
A despeito do regimento interno da ouvidoria, que barra participação do titular do cargo em eventos de campanha, o Diário revelou que Maria Emerich esteve no lançamento de pré-campanha de Fernandes, do qual participou também o secretário de Obras do município, Fernando Rubinelli (PSB), que deverá sair como candidato a deputado federal na eleição deste ano. Ambos deverão ter o apoio do governo do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT).
A participação de Maria Emerich no ato político de integrante do primeiro escalão do governo infringe o artigo 18 do regimento, que diz: “O ouvidor-geral perderá o mandato nas seguintes hipóteses: I – término do mandato; II – renúncia; III – destituição em decorrência de conduta incompatível com o exercício do cargo, devidamente comprovada, em especial por (…) participação em campanhas eleitorais, em qualquer esfera do governo”. Ao Diário, a ouvidora admite que participou da atividade, mas que o ato não era de campanha, já que não era período eleitoral.
Durante o encontro com o promotor do Ministério Público, Sargento Simões avisou que estenderá as críticas às demais áreas de Mauá que, avalia, necessitam de intervenção da instituição, como saúde e educação.
“Vou pedir ao Ministério Público para me ajudar a investigar e averiguar tudo que essa quadrilha do PT faz na cidade. Me ajudar a desmontar essa quadrilha que está aí, para poder trazer um pouco de qualidade de vida para as pessoas”, declarou o parlamentar ao Diário.
A Prefeitura de Mauá tem alegado que não houve irregularidade no caso e sustenta que a lei 4.455 só prevê a perda de mandato da ouvidora caso tivesse participado de campanha eleitoral.
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