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Projetos de atentados em Paris são confirmados por islamita detido
Da AFP
29/09/2005 | 17:04
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Projetos de atentados contra a sede dos serviços de contra-espionagem franceses em Paris, no metrô e em um aeroporto parisiense foram confirmados por um dos islamitas detidos segunda-feira durante uma operação antiterrorista na França, informou nesta quinta-feira uma fonte próxima ao caso.

Estes três alvos já haviam sido evocados diante dos serviços argelinos por um homem de 34 anos, M'Hamed Benyamina, detido em 9 de setembro no aeroporto de Orã, na Argélia.

De acordo com uma fonte próxima à investigação, a célula terrorista desmantelada na segunda-feira pretendia cometer um ou vários atentados, "talvez em breve".

As informações transmitidas às autoridades francesas levaram à captura, segunda-feira, de nove pessoas em subúrbios de Paris e na Normandia (oeste). O magistrado encarregado do caso é o juiz antiterrorista Jean-Louis Bruguière.

Seis delas permaneciam presas nesta quinta-feira, e outras três foram libertadas, entre elas a mulher de M'Hamed Benyamina.

Pelo menos um dos detidos confirmou aos investigadores que o grupo pretendia cometer um ou vários atentados em Paris. O aeroporto de Orly teria sido um alvo potencial, assim como o metrô e a sede parisiense da DST (Direção da Vigilância do Território, contra-espionagem), onde a segurança havia sido reforçada há duas semanas após a informação transmitida pelas autoridades argelinas.

De acordo com a lei francesa, os seis detidos, entre os quais o líder presumível da célula Safe Bourrada, já condenado na França em outro caso de terrorismo, podem permanecer sob custódia das autoridades sem serem formalmente indiciadas até amanhã de manhã (sexta-feira).

A célula pertence ao GSPC (Grupo Salafista para a Predicação e o Combate), o principal movimento islâmico armado argelino, que jurou fidelidade à Al-Qaeda. O GSPC publicou em meados deste mês um comunicado ameaçador em relação à França, qualificada de "inimigo nº1".

Safe Bourrada já foi condenado em 1998 a 10 anos de prisão por ter prestado apoio logístico aos autores da série de atentados que abalou a França em 1995. O mais mortífero destes ataques havia deixado oito mortos e 117 feridos no metrô de Paris. Bourrada tinha sido libertado em 2003.

"A ameaça existe, temos que ficar atentos", reiterou nesta quinta-feira o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy.

Indagado sobre o caso, o advogado de Benyamina, Salah Djemai, afirmou que seu cliente era vítima de uma "conspiração", e de uma "aliança entre a DST e os serviços de segurança argelinos".




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