O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, revelou nesta terça-feira que, durante o encontro com o novo coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marco Aurélio Garcia, não conversou sobre o suposto ‘dossiê’ contra políticos do PSDB, em especial contra José Serra e Geraldo Alckmin.
Em relação às investigações do dossiê, o ministro salientou que a tramitação do processo precisa ser observada, “sob pena de ao invés de desaguarmos em um julgamento, termos justiçamento, e aí retrocesso”. “O devido processo legal, precisa ser observado, dando-se oportunidade aos envolvidos de se pronunciarem no processo, de requererem provas”, completou.
O TSE investiga o envolvimento do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos; do presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP); e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no esquema de compra do dossiê. Caso comprovada a ligação de Lula com o escândalo, ele poderá ter o mandato impugnado, na possibilidade de ele ser eleito presidente por mais quatro anos.
Apesar do assunto não ter sido abordado, Mello deixou claro que ainda mantém a opinião de que o escândalo é parecido com o de Watergate – fatos que levaram o presidente dos Estados Unidos Richard Nixon renunciar ao seu segundo mandato em 1974.