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O presidente do Parlamento da Coréia do Norte, Kim Yong Nam, afirmou neste sábado, em Havana, que seu país se nega a retomar as negociações nucleares, enquanto Washington mantiver as "sanções e a chantagem".
"A Coréia não retornará às conversações sob as sanções dos Estados Unidos", disse Kim, falando perante o plenário da XIV Cúpula do NOAL (Movimento dos Países Não-alinhados), que termina neste sábado em Cuba.
Ele acrescentou que "os Estados Unidos, longe de cumprir os acordos da Comissão das Seis Partes, continuou estabelecendo sanções unilaterais à Coréia, deixando as conversações em um ponto morto e arrastando a situação para um caminho imprevisível".
O conflito nuclear entre Washington e Pyongyang já dura onze meses, depois que em outubro passado os Estados Unidos acusaram a Coréia do Norte de prosseguir com um programa nuclear secreto e suspenderam as entregas gratuitas de petróleo.
Em resposta, a Coréia reativou um reator que produz plutônio e pode servir para a fabricação de uma bomba atômica, abandonando o TNP (Tratado de Não-proliferação Nuclear).
"Não restou outra opção à Coréia que ter armas nucleares como armas dissuasivas, pois a Coréia não precisa de armas nucleares", disse Kim diante de mais de 55 chefes de Estado e de governo dos 118 membros dos Não-alinhados.
Ele disse ainda que seu país se pronuncia por uma solução mediante o "diálogo e a negociação" e fez tudo o possível para cumprir os acordos da Comissão das Seis Partes.
"A solução do embate nuclear entre Coréia e Estados Unidos é um tema urgente na desnuclearização da península coreana e da região, mas os Estados Unidos persistem na chantagem", acrescentou.
Kim garantiu que seu a Coréia do Norte leva adiante a luta pela "reunificação do seu país, artificialmente dividido" da Coréia do Sul e neste sentido agradeceu o apoio recebido do NOAL.
Em junho passado, a chancelaria russa se pronunciou pela recondução do "diálogo político" entre Estados Unidos e Coréia do Norte e reafirmou que Moscou deseja que os norte-coreanos cooperem com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e participem do TPN.
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