A reportagem "Sotaque brasileiro" mostra que a economia do país nunca despertou tanto interesse no Exterior quanto agora. Um dos fatores que contribuíram para o processo, segundo a reportagem, foi o programa de privatizaçao que multiplicou a presença de empresas estrangeiras no país.

As agências de notícias nao tardaram a perceber o potencial de mercado criado com esses movimentos e passaram a investir. A revista ouviu alguns representantes de agências internacionais. O presidente da Reuters, Thomas Glocer, disse que quando assumiu as operaçoes latino-americanas, o serviço brasileiro era formado quase totalmente por estrangeiros.

A reportagem mostra ainda a restruturaçao pela qual a Reuters no Brasil passou, com a mudança do quadro de profissionais e o lançamento do serviço de notícias em português o Reuters Focus.

A expansao dos negócios da imprensa internacional no Brasil nao ficou restrita às grandes agências. A Dow Jones Newswires, do grupo americano Dow Jones, por exemplo, há cinco anos contava com apenas um correspondente no país, na cidade de Sao Paulo. Atualmente, a agência tem escritórios também no Rio de Janeiro e Brasília e trabalha com uma equipe fixa de seis jornalistas, além de correspondentes.

Nos escritórios da BridgeNews, a história nao foi diferente. A expansao também abriu mercado para as empresas que dominam a tecnologia de transmissao de dados. Boa parte das agências, com exceçao das maiores, que detêm seus próprios sistemas de transmissao, utiliza o serviço de terceiros para distribuir notícias e informes financeiros. De olho no potencial criado com o crescimento do mercado, a PRNewswire International, líder mundial na distribuiçao de informaçao, desembarcou no país há quase dois anos, segundo a Update.